Para lá do histerismo colectivo e das incidências do jogo, mas em consequência delas, há dois momentos simbólicos (televisivos) do jogo de ontem que exemplificam o dramatismo que faz do futebol o desporto de massas que ele é:
1. A imagem de Jorge Andrade deitado no chão após o apito final do árbitro, de olhos fechados, respirando fundo depois de tirar dos ombros o peso da responsabilidade (mesmo involuntária) por uma quase reviravolta no resultado. Nunca um jogador português terá respirado tão fundo quanto Jorge Andrade naquele momento.
2. O abraço entre Luis Figo e Rui Costa no final do jogo foi uma partilha de sentimentos - e também de responsabilidades - entre dois jogadores que trocam bolas desde a sua meninice e desde a sua meninice levam o país às costas pelos palcos futebolísticos do mundo inteiro. Só eles saberão o que disseram um ao outro naquele longo abraço, mas aposto que uma das coisas que disseram foi "conseguimos".
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