"(...) admiro a inteligência, a lucidez e a frontalidade do único colunista português a que reconheço completo desprendimento político e ausência de outra agenda que não a própria." Concordo com ele quase sempre que ele decide invectar contra as diversas manifestações do politicamente correcto. Mas acho exagerados os encómios de que foi alvo aqui e aqui.
Concordo com o Murcon e o seu leitor na desmontagem dos argumentos da opinião de MST no Público de hoje (link no blogue "não oficial"). A questão é muito mais desafiante do que o simplismo de MST deixa entender. Basta estar 15 minutos numa escola secundária para ver rapazes e raparigas aos beijos e apalpões. E que me conste nunca uma escola sancinou isso com a mesmo empenho com que agora foram sancionadas as duas raparigas de Gaia.
A questão decisiva é: concordamos ou não concordamos? Se concordamos temos que aceitar nos mesmíssimos termos em que aceitamos os casais heterosexuais. Se não concordamos devemos lutar contra com todos os maios legais e legítimos ao nosso dispor Mas não devemos dizer "sim, mas...". Porque os outros alunos também não são obrigados a ver o "mel" dos casais heterossexuais. Porque estes beijos e apalpões também são, na opinião de MST assim como na do conselho directivo, "uma questão de bom gosto".
A mim isso também me incomoda e ficaria preocupado se acontecesse na escola do meu filho. Mas é para contrariar esse tipo de sentimentos profundos que temos uma Razão ainda mais profunda e poderosa do que eles. Muitas vezes definir o que é certo e pautar a nossa vida por isso é difícil. Mas é isso que devemos fazer. E isso, pelos dados que conheço, iliba as namoradinhas de Gaia
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