A mais-que-merecida vitória do F.C.Porto na Taça Intercontinental provocou mais uma dedicatória a Pinto da Costa. Nos dias que correm não há vitória portista que lhe não seja dedicada e não há jogo em que o "Allez, Pinto da Costa, allez" não seja cantado. Não sei se há muitos desses, mas se eu fosse portista moderado, estaria seriamente preocupado com a perspectiva, mesmo que seja ainda só a perspectiva, das consequências desportivas da acção em que Pinto da Costa é arguido. Será que lhe vão continuar a dedicar vitórias se o Porto tiver que ir jogar para a segunda liga ou se for suspenso da competição por um determinado período de tempo? É verdade que o Benfica não foi despromovido em consequência de Vale e Azevedo, apesar de os regulamentos o preverem, e isso demonstrou que o futebol é de facto um mundo à parte. Mas o Benfica não é o Porto e, apesar de tudo, os tempos agora são outros. (Aliás, a expulsão é hoje o mínimo que os sócios do Benfica têm para oferecer a um presidente que elegeram a 70%, o que ilustra bem as voltas que o mundo dá)
Independentemente de haver condenação ou não, a acusação a Pinto da Costa serve também de "moral da história" a todos os adeptos de outros clubes que à mesa de café diziam que aquele é que era um presidente a sério! Admiravam-no e invejavam-no por todas as razões erradas, incluindo aquelas que redundaram nesta acusação.
Tanto os primeiros como os segundos podem ainda vir a ter que engolir as suas próprias palavras.
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