"Carlos Cruz mandou o seu advogado prò c..."
Manchete do 24 Horas de hoje.
Um dia alguém devia fazer a história das mais reles páginas de imprensa publicadas em Portugal. Se alguém tiver isso em projecto, que corra para a banca porque o 24 Horas lançou mais um dos seus contributos para essa história.
Roland Barthes certamente teria muito a discorrer acerca do significante e do significado deste "c..." assim publicado na primeira página de um jornal.
Formalmente, o 24 Horas não escreveu nenhum palavrão. Mas, dos seus muitos milhares de leitores, duvido que haja um único que não tenha entendido a mensagem. Ou seja, o significante é diferente mas o significado é o mesmo. Não é, aliás, exemplo único de mais do que um signifcante que se referem ao mesmo significado. O que conta não é naturalmente a forma mas sim o conteúdo; não importa a construção da mensagem mas sua desconstrução no destinatário: ou seja, a comunicação. Donde se conclui que a mensagem na primeira página do 24 Horas de hoje é, sem formalismos, "Carlos Cruz mandou o seu advogado prò caralho". Que fique registado a crédito do 24 Horas e da sua contribuição para a história da imprensa em Portugal!
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