«Levantem bem alto o pau...» «...da bandeira do PSD». Segundo o Público eram assim a frente e verso das t-shirts usadas por algumas jovens no comício do PSD madeirense em Chão da Lagoa. Como brejeirice até tem piada, com a vantagem de não ter efeitos políticos associados. O problema é o rol de outra brejeirices, com óbvias leituras políticas, que Alberto João e seus acólitos debitaram durante o comício.
Ou seja, como Alberto João Jardim até tem alguma piada, provavelmente devia fundar uma empresa de conteúdos humorísticos para acabar de vez com o monopólio das Produções Fictícias. Mas o que não devia era ser presidente do governo regional. A sua veia humorística fica bem a um país cinzento como Portugal, mas o manto de impunidade de que se rodeou fica mal à nossa auto-estima como país e como nação. Acho eu.
Mas este parece-me muito mais um problema dos madeirenses do que meu ou de qualquer continental. Da mesmo forma que os problemas do Alqueva são mais dos alentejanos do que dos transmontanos. São de todos, mas são mais de uns do que de outros.
Por isso não consigo esquecer uma colga que tive na faculdade, madeirense de gema orgulhosa da sua origem. Estudava jornalismo em Lisboa mas queria regressar à Madeira para exercer por lá a profissão. Na altura já Alberto João Jardim era o humorista que é hoje e quando a confrontávamos com o facto ela limitava-se a encolher os ombros como quem diz: «ele sempre foi assim e sempre há-de ser assim, mas luta como ninguém pelo melhor para a região» (leia-se «transferências do Orçamento de Estado»).
Não sei se ela regressou ou não à Madeira, mas espero sinceramente que não seja hoje uma das marionetas da imprensa regional. Como disse antes, acho que o «problema AJJ» é primeiro que tudo um problema dos madeirenses e tenho visto poucas vozes de madeirenses a levantarem-se contra esta “palhaçada”, usando uma palavra muito utilizada pelo próprio Alberto João.
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