Não sei se o livro presta para alguma coisa, mas esta recensão de Daniel Runciman, professor de ciência política em Cambridge, publicada na London Review of Books merece uma leitura.
(via Margens de Erro, via Bem Haja)
Tese + Antítese = Síntese. Espaço de reflexão sobre a actualidade. Media, política e jornalismo.
quarta-feira, dezembro 28, 2005
terça-feira, dezembro 27, 2005
A técnica ao serviço da lógica
Neste momento, a situação encerra mais dúvidas do que certezas, mas esta análise temporal do utilíssimo Margens de Erro parece dar razão à lógica inerente às eleições nas quais os dois competidores principais partem com uma grande distância nas sondagens.
segunda-feira, dezembro 26, 2005
Os miseráveis
Ontem, o alinhamento noticioso de uma televisão juntou a notícia de um condutor de autocarro embriagado que tirou a vida a vários turistas estrangeiros à de duas crianças que morreram queimadas por terem sido deixadas sozinhas em casa sem água nem luz. Só para nos lembrar que, no fundo, apesar de todas as miragens europeias, este nosso país é ainda, em muitos aspectos, miseravelmente subdesenvovido.
Eleição Betandwin
Embora com algum atraso (Natal oblige), cinco observações sobre a polémica das apostas online sobre as eleições presidenciais portuguesas:
1. O presidente da república é a mais importante figura da nação e representa todos os portugueses. Ele está para o regime republicano como o rei esteve durante muitos anos para a monarquia. Na verdade, na sui-generis configuração constitucional portuguesa, ele é o nosso rei em república. Por isso a sua dignidade deve ser preservada. O mesmo em relação ao acto eleitoral que o elege, não só por eleger quem elege, mas antes de tudo simplesmente por ser um acto eleitoral. É uma coisa séria e importante que, mais uma vez, deve estar a coberto deste tipo de utilizações.
2. Por isso, entende-se a reacção dos políticos e em primeiro lugar dos candidatos presidenciais, porque, como diz o povo "quem não se sente não é filho de boa gente". Mas, aceitando-se essa reacção, estranha-se que ela nunca tenha surgido a propósito de outras apostas relacionadas com eleições ou outros temas igualmente polémicos. Nessa medida, a reacção da classe política a este caso, integra um mecanismo corporativo que não faz nada para prestigiar a função, algo que os candidatos - até pelo alto cargo a que se candidatam - deviam ter percebido e integrado nas suas declarações sobre a matéria.
3. Já não se entente muito bem, por revelar excesso de zelo, a reacção do porta-voz da Comissão Nacional de Eleições. Em primeiro lugar porque introduz uma nova cambiante jurídica - o "qualquer-coisa-mente ilegal -, em segundo lugar porque configura uma reacção do porta-voz de um órgão colegial antes da reunião do órgão que lhe dá voz, e em terceiro lugar, sobretudo, porque revela medo dos políticos. E isso é um mau indício.
4. Também se entende mal que a Betandwin tenha retirado o jogo de apostas assim que percebeu o que estava a acontecer. Porque, das duas uma: ou a empresa tinha noção do que estava a fazer, tanto do ponto de vista comercial como do ponto de vista jurídico, e nesse caso devia manter as apostas: ou fê-lo sem a noção clara daquilo em que estava "a mexer" e tentando apenas ganhar alguns cêntimos "à socapa", na esperança de que ninguém desse por isso. Ao meter de imediato o "rabo entre as pernas" a empresa revelou a natureza sinuosa com que se move no mundo dos negócios e, mais uma vez, um receio da classe política que é tão mau indício como o anterior.
5. O problema das apostas online (que, recorde-se, se segue a uma polémica anterior sobre se a Betandwin pode ou não publicitar os seus jogos em território nacional) é apenas uma das milhentas manifestações da globalização e torna clara a crescente dificuldade dos estados em manterem o controlo das fronteiras nacionais na sociedade de informação globalizada. É altamente improvável que qualquer mecanismo legal português pudesse sancionar a empresa sediada na Áustria e seria grandemente exagerado recorrer aos canais diplomáticos para resolver uma questão deste calibre. Infelizmente, o recuo imediato da Betandwin transformou esta questão em mais um fait-divers eleitoral que será rapidamente esquecido. A questão que suscita, no entanto, veio para ficar e estou certo que mais cedo ou mais tarde, sob este ou outro pretexto, voltaremos a discuti-la. Mais valia que o tivéssemos feito já.
1. O presidente da república é a mais importante figura da nação e representa todos os portugueses. Ele está para o regime republicano como o rei esteve durante muitos anos para a monarquia. Na verdade, na sui-generis configuração constitucional portuguesa, ele é o nosso rei em república. Por isso a sua dignidade deve ser preservada. O mesmo em relação ao acto eleitoral que o elege, não só por eleger quem elege, mas antes de tudo simplesmente por ser um acto eleitoral. É uma coisa séria e importante que, mais uma vez, deve estar a coberto deste tipo de utilizações.
2. Por isso, entende-se a reacção dos políticos e em primeiro lugar dos candidatos presidenciais, porque, como diz o povo "quem não se sente não é filho de boa gente". Mas, aceitando-se essa reacção, estranha-se que ela nunca tenha surgido a propósito de outras apostas relacionadas com eleições ou outros temas igualmente polémicos. Nessa medida, a reacção da classe política a este caso, integra um mecanismo corporativo que não faz nada para prestigiar a função, algo que os candidatos - até pelo alto cargo a que se candidatam - deviam ter percebido e integrado nas suas declarações sobre a matéria.
3. Já não se entente muito bem, por revelar excesso de zelo, a reacção do porta-voz da Comissão Nacional de Eleições. Em primeiro lugar porque introduz uma nova cambiante jurídica - o "qualquer-coisa-mente ilegal -, em segundo lugar porque configura uma reacção do porta-voz de um órgão colegial antes da reunião do órgão que lhe dá voz, e em terceiro lugar, sobretudo, porque revela medo dos políticos. E isso é um mau indício.
4. Também se entende mal que a Betandwin tenha retirado o jogo de apostas assim que percebeu o que estava a acontecer. Porque, das duas uma: ou a empresa tinha noção do que estava a fazer, tanto do ponto de vista comercial como do ponto de vista jurídico, e nesse caso devia manter as apostas: ou fê-lo sem a noção clara daquilo em que estava "a mexer" e tentando apenas ganhar alguns cêntimos "à socapa", na esperança de que ninguém desse por isso. Ao meter de imediato o "rabo entre as pernas" a empresa revelou a natureza sinuosa com que se move no mundo dos negócios e, mais uma vez, um receio da classe política que é tão mau indício como o anterior.
5. O problema das apostas online (que, recorde-se, se segue a uma polémica anterior sobre se a Betandwin pode ou não publicitar os seus jogos em território nacional) é apenas uma das milhentas manifestações da globalização e torna clara a crescente dificuldade dos estados em manterem o controlo das fronteiras nacionais na sociedade de informação globalizada. É altamente improvável que qualquer mecanismo legal português pudesse sancionar a empresa sediada na Áustria e seria grandemente exagerado recorrer aos canais diplomáticos para resolver uma questão deste calibre. Infelizmente, o recuo imediato da Betandwin transformou esta questão em mais um fait-divers eleitoral que será rapidamente esquecido. A questão que suscita, no entanto, veio para ficar e estou certo que mais cedo ou mais tarde, sob este ou outro pretexto, voltaremos a discuti-la. Mais valia que o tivéssemos feito já.
sexta-feira, dezembro 23, 2005
Citador
Do Mau Tempo no Canil, vale a pena transcrever este post sobre o debate:
«Não foi D. Afonso Henriques escolhido pessoalmente por Deus para o extraordinário desígnio da reconquista? Não foi este o país que deu mundos ao mundo? Não somos, pelo menos na pena do Padre António Vieira, os inventores do V Império? Não somos os sempre afortunados que gastaram a herança brasileira no palácio de Mafra? E não somos ainda os filhos de Salazar e das suas prometidas e vãs glórias ultramarinas? Não somos também os pontas de lança do marxismo e do capitalismo, ora hesitando entre cumprir o desígnio de ser Moscovo à beira-tejo ou, agora, o de ser a nova Califórnia da Europa? Infelizmente, somos também o país que perdeu o império, que recebeu os espanhois aliviado, fugiu dos franceses e foi ultimado pelos ingleses. Somos o país do ditador que quase morreu de velho e dos cravos que murcharam. Somos o país dos que esperam D. Sebastião. O Portugal bipolar que não quer, nem sabe, sair do seu labirinto da saudade.»
Chapeau!
«Não foi D. Afonso Henriques escolhido pessoalmente por Deus para o extraordinário desígnio da reconquista? Não foi este o país que deu mundos ao mundo? Não somos, pelo menos na pena do Padre António Vieira, os inventores do V Império? Não somos os sempre afortunados que gastaram a herança brasileira no palácio de Mafra? E não somos ainda os filhos de Salazar e das suas prometidas e vãs glórias ultramarinas? Não somos também os pontas de lança do marxismo e do capitalismo, ora hesitando entre cumprir o desígnio de ser Moscovo à beira-tejo ou, agora, o de ser a nova Califórnia da Europa? Infelizmente, somos também o país que perdeu o império, que recebeu os espanhois aliviado, fugiu dos franceses e foi ultimado pelos ingleses. Somos o país do ditador que quase morreu de velho e dos cravos que murcharam. Somos o país dos que esperam D. Sebastião. O Portugal bipolar que não quer, nem sabe, sair do seu labirinto da saudade.»
Chapeau!
quinta-feira, dezembro 22, 2005
A fuga ao fisco
São compreensíveis os receios relativos à possibilidade de o fisco aproveitar os mecanismos que lhe coloquem ao dispor para en trar em excesso de zelo. Mas o nosso problema não é o excesso de zelo da máquina fiscal; é a sua ineficácia. Por isso, preocupemo-nos com esse problema quando e se esse problema surgir. E preocupemo-nos hoje com o problema que manifestamente hoje temos: a fuga ao fisco (e não é problema de somenos; juntamente com a ineficácia da justiça é certamente um dos granes problemas nacionais). A defesa dos cidadãos e empresas face ao Estado é um imperativo em países onde o Estado é forte e os cidadãos são fracos. Mas em Portugal, hoje, o Estado é fraco, os cidadãos são ainda mais fracos e só as empresas são fortes. Por isso é à máquina do Estado que urge dar as condições para exercer as suas funções.
Coroado, o reincidente
Afinal é um traço de estilo: Coroado reincidiu no "português criativo". Pronunciando-se sobre o lance de Nuno Gomes no jogo de ontem, em que se reclama mão, o ex-árbitro escreve no Jogo:
"Não. A bola é dominada na zona mamilar - talvez um pouco mais acima -, mas sem qualquer infracção por parte do jogador do Benfica."
(via Simplesmente Sporting)
"Não. A bola é dominada na zona mamilar - talvez um pouco mais acima -, mas sem qualquer infracção por parte do jogador do Benfica."
(via Simplesmente Sporting)
quarta-feira, dezembro 21, 2005
E a seguir... Lisboa!
Deliciosamente esquerdista este Bubble Project. Na senda dos lendários AdBusters.
(dica Bicho Carpinteiro)
(dica Bicho Carpinteiro)
Responsabilidade na internet
Na sequência dos ataques recentemente movidos à Wikipedia, foi agora criado um site (www.wikipediaclassaction.com) especificamente destinado a recolher e dar seguimento judicial a queixas de particulares e empresas em relação a informações erradas ou difamatórias publicadas naquela enciclopédia aberta.
A defesa da Wikipedia é certamente uma causa nobre. Mas, como o site também releva, há demasiado material anónimo e inimputável na internet para que as coisas realmente boas que nela existem possam ter a credibilidade que merecem. Por isso, pedir mais responsabilização é defender a internet e os sites como a Wikipedia. Podemos escrever panfletos com aquilo que quisermos, mas sabemos que podemos ser resposabnilizados por isso. Nos posts, mensagens ou e-mails com que comunicamos na internet não deve ser diferente.
A defesa da Wikipedia é certamente uma causa nobre. Mas, como o site também releva, há demasiado material anónimo e inimputável na internet para que as coisas realmente boas que nela existem possam ter a credibilidade que merecem. Por isso, pedir mais responsabilização é defender a internet e os sites como a Wikipedia. Podemos escrever panfletos com aquilo que quisermos, mas sabemos que podemos ser resposabnilizados por isso. Nos posts, mensagens ou e-mails com que comunicamos na internet não deve ser diferente.
O momento do debate
O momento do debate, ainda não devidamente salientado:
Soares: "Quando eu era primeiro-ministro reuni com um grupo de economistas para perguntar se devíamos aderir à então C.E.E. E eles disseram-me que não. Mas nós decidimos aderir. Porque tínhamos essa visão estratégica para o país; achámos que devíamos virar-nos para a Europa depois do fim das colónias." (citação aproximada)
As grandes decisões de política estratégica são influenciadas pela economia, mas não são determinadas pela economia. Muitas vezes, como se prova, podem até ser contrárias à economia. Um ministro das finanças tem que ser proficiente em economia; um primeiro-ministro deve ser profundamente sensível às questões económicas; mas um presidente da república tem sobretudo que ter uma visão estratégica para o país. Soares não mostrou nenhuma, mas com aquela frase pôs cada um dos candidatos no seu devido lugar. E isso é tudo o que pretende de momento.
Soares: "Quando eu era primeiro-ministro reuni com um grupo de economistas para perguntar se devíamos aderir à então C.E.E. E eles disseram-me que não. Mas nós decidimos aderir. Porque tínhamos essa visão estratégica para o país; achámos que devíamos virar-nos para a Europa depois do fim das colónias." (citação aproximada)
As grandes decisões de política estratégica são influenciadas pela economia, mas não são determinadas pela economia. Muitas vezes, como se prova, podem até ser contrárias à economia. Um ministro das finanças tem que ser proficiente em economia; um primeiro-ministro deve ser profundamente sensível às questões económicas; mas um presidente da república tem sobretudo que ter uma visão estratégica para o país. Soares não mostrou nenhuma, mas com aquela frase pôs cada um dos candidatos no seu devido lugar. E isso é tudo o que pretende de momento.
terça-feira, dezembro 20, 2005
Será possível?
Será possível que Cavaco se mantenha tão acima dos opositores? É verdade que Cavaco tem feito bem o seu trabalho de defesa da sua imagem e do seu eleitorado. Mas também é verdade que os outros candidatos (excepção feita a Manuel Alegre) também têm feito o que lhes compete. E isso torna este resultado estranho. Será o sebastianismo a funcionar? Ou será apenas volatilidade das sondagens?
Hã!?
"Irei aparecer, porque tenho bem a consciência do que é a minha responsabilidade e o meu dever."
José Sócrates, sobre a sua participação na campanha presidencial.
Lapsus linguae ou manifesto político?
José Sócrates, sobre a sua participação na campanha presidencial.
Lapsus linguae ou manifesto político?
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Bons samaritanos
Os bons samaritanos - Bono, Melinda e Bill Gates - são as personalidades do ano para a revista Time.
(via Jumento)
domingo, dezembro 18, 2005
Citador
Não é habitual neste blogue. Mas, por me parecer extraordinariamente perspicaz, reproduzo na íntegra este post do Jumento sobre as eleições presidenciais:
"QUERO UM DEMOCRATA SINCERO EM BELÉM
O que me faz desconfiar de Cavaco não é o facto de ser candidato da direita, é querer ser candidato da direita da esquerda, não é o que ele diz mas tudo quanto não diz, não é querer colocar o PSD no governo mas querer transformar o PSD num Partido Justicialista, à semelhança do mexicano, não é ele vestir na perfeição o fato de um presidente autoritário mas o facto de revelar falhas graves num discurso onde tropeça nos valores democráticos com excessiva frequência.
Fosse o candidato alguém como Sá Carneiro e muitas outras personalidades da direita e, face ao espectáculo triste que o PS decidiu proporcionar-nos, quase olharia estas presidenciais com alguma indiferença. Mas com Cavaco não, é necessário evitá-lo.
Alguém de direita afirma-se como sendo de direita, faz um discurso de direita e tem capacidade de se afastar de alguma direita, mas Cavaco porta-se nesta campanha como se não houvesse ideologias, como se fosse possível governar à margem de opções políticas, como se a política fosse um exercício desnecessário perante a certeza da sua competência. Se Cavaco não é herdeiro de Salazar, poderia ser muito bem o sucessor de Marcelo, pois recupera os valores do corporativismo, até na forma como marginaliza os partidos que o apoiam.
Cavaco promete o que não pode, com a situação económica da Europa nem ele nem ninguém conseguiria transformar Portugal na Andaluzia, quanto mais na Califórnia. Mas Cavaco sabe que tem um bode expiatório, afinal de contas quando a desilusão e a crise política se instalarem basta-lhe dizer que a culpa foi de José Sócrates, porque o presidente não governa.
Cavaco veio para terminar o seu projecto e só ele conhece os contornos desse projecto, até porque Cavaco nunca teve dimensão política para ter qualquer projecto. Cavaco até pode ser um democrata, embora nunca tenha dado muitos sinais nesse sentido, mas da forma como se apresenta esta sua candidatura oferece poucas garantias de respeitar os valores democráticos.
Não quero na Presidência da República alguém que me parece ser um democrata por conveniência. De direita ou de esquerda, gostaria de ver em Belém alguém cujas formação democrática não oferecesse tantas dúvidas como sucede com este Cavaco Silva."
"QUERO UM DEMOCRATA SINCERO EM BELÉM
O que me faz desconfiar de Cavaco não é o facto de ser candidato da direita, é querer ser candidato da direita da esquerda, não é o que ele diz mas tudo quanto não diz, não é querer colocar o PSD no governo mas querer transformar o PSD num Partido Justicialista, à semelhança do mexicano, não é ele vestir na perfeição o fato de um presidente autoritário mas o facto de revelar falhas graves num discurso onde tropeça nos valores democráticos com excessiva frequência.
Fosse o candidato alguém como Sá Carneiro e muitas outras personalidades da direita e, face ao espectáculo triste que o PS decidiu proporcionar-nos, quase olharia estas presidenciais com alguma indiferença. Mas com Cavaco não, é necessário evitá-lo.
Alguém de direita afirma-se como sendo de direita, faz um discurso de direita e tem capacidade de se afastar de alguma direita, mas Cavaco porta-se nesta campanha como se não houvesse ideologias, como se fosse possível governar à margem de opções políticas, como se a política fosse um exercício desnecessário perante a certeza da sua competência. Se Cavaco não é herdeiro de Salazar, poderia ser muito bem o sucessor de Marcelo, pois recupera os valores do corporativismo, até na forma como marginaliza os partidos que o apoiam.
Cavaco promete o que não pode, com a situação económica da Europa nem ele nem ninguém conseguiria transformar Portugal na Andaluzia, quanto mais na Califórnia. Mas Cavaco sabe que tem um bode expiatório, afinal de contas quando a desilusão e a crise política se instalarem basta-lhe dizer que a culpa foi de José Sócrates, porque o presidente não governa.
Cavaco veio para terminar o seu projecto e só ele conhece os contornos desse projecto, até porque Cavaco nunca teve dimensão política para ter qualquer projecto. Cavaco até pode ser um democrata, embora nunca tenha dado muitos sinais nesse sentido, mas da forma como se apresenta esta sua candidatura oferece poucas garantias de respeitar os valores democráticos.
Não quero na Presidência da República alguém que me parece ser um democrata por conveniência. De direita ou de esquerda, gostaria de ver em Belém alguém cujas formação democrática não oferecesse tantas dúvidas como sucede com este Cavaco Silva."
Lógica
Não de estranhar que Soares passe o tempo a falar de Cavaco e tentar provocá-lo: é o que lhe compete.
Não é de estranhar que Cavaco passe o tempo a tentar falar e polemizar o mínimo possível: é o que lhe compete.
Não é de estranhar que Alegre não tenha nada para dizer: é o que acontece a quem se candidata por razões pessoais.
Não é de estranhar que Cavaco passe o tempo a tentar falar e polemizar o mínimo possível: é o que lhe compete.
Não é de estranhar que Alegre não tenha nada para dizer: é o que acontece a quem se candidata por razões pessoais.
Para mais tarde recordar
Por acaso, também acho, como o Tomarpartido, que esta é uma sondagem para mais tarde recordar. Nem sempre as coisas lógicas acontecem, mas normalmente acabam por se verificar. Veremos portanto em Janeiro o que o eleitorado tem a dizer sobre este assunto.
Será uma pubalgia?
O professor Marcelo acaba de dizer na RTP que no debate com Jerónimo, Louçã estava "em má forma física." Será uma pubalgia?
Irracional brutalidade
O caso da bebé de Viseu agredida e violentada pelos próprios pais lembra-nos, na sua irracional brutalidade, que o ser humano está, ainda hoje, perigosamente próximo da mais abjecta animalidade. E demonstra-nos também que a vida em sociedade pode não ser capaz de identificar todos estes problemas antes de eles se consumarem desta forma.
Claro que haverá responsabilidades a apurar, nomeadamente por omissão. Um caso tão grave não pode deixar de ter responsáveis, provavelmente com diferentes graus de responsabilidade e a diferentes níveis. Mas pode ser redutor e simplista acusar as delegadas que deviam ter identificado os maus tratos e não o fizeram. Claramente elas deviam ter visto algo que não viram. Mas resta saber porque razão não viram (falta de formação?) e resta identificar todas as outras razões pelas quais um caso tão limite passou por todos os check-points que a sociedade tem sem que ninguém fizesse nada. Que grau de miséria humana pode engendrar tamanha violência? Quantas vezes quantas pessoas terão olhado para o lado? Quantas famílias haverá neste país (e neste mundo) em condições semelhantes? A animalidade está tão próxima da civilidade...
Claro que haverá responsabilidades a apurar, nomeadamente por omissão. Um caso tão grave não pode deixar de ter responsáveis, provavelmente com diferentes graus de responsabilidade e a diferentes níveis. Mas pode ser redutor e simplista acusar as delegadas que deviam ter identificado os maus tratos e não o fizeram. Claramente elas deviam ter visto algo que não viram. Mas resta saber porque razão não viram (falta de formação?) e resta identificar todas as outras razões pelas quais um caso tão limite passou por todos os check-points que a sociedade tem sem que ninguém fizesse nada. Que grau de miséria humana pode engendrar tamanha violência? Quantas vezes quantas pessoas terão olhado para o lado? Quantas famílias haverá neste país (e neste mundo) em condições semelhantes? A animalidade está tão próxima da civilidade...
O racismo no futebol
O racismo no futebol é o racismo na sociedade, nem mais nem menos. E, como seria de esperar, é muitas vezes instigado - ou estimulado - pelos próprios intervenientes no jogo. Paolo Di Canio, jogador da Lazio, faz da saudação fascista o seu modo de relacionamento com a claque. Mesmo já multado pelo facto, repete a "graça" sempre que pode e transformou o gesto na sua "imagem de marca". Uma parte da história pode ser acompanhada no blogue Megafone, sobretudo aqui e aqui.
sábado, dezembro 17, 2005
Íntima Fracção em podcast
Uma boa notícia: a Íntima Fracção já está disponível em podcast. Notícia no blogue da IF e download em GavezDois.
(dica Adufe)
É uma excepção muito positiva a uma realidade que demora a arrancar em Portugal: a dos podcasts. Para quando os podcasts dos programas da TSF, aqueles que passam a horas e dias em nunca estamos a ouvir rádio e que certamente ouviríamos se os pudessemos ter guardados no leitor de MP3?
(dica Adufe)
É uma excepção muito positiva a uma realidade que demora a arrancar em Portugal: a dos podcasts. Para quando os podcasts dos programas da TSF, aqueles que passam a horas e dias em nunca estamos a ouvir rádio e que certamente ouviríamos se os pudessemos ter guardados no leitor de MP3?
Recomendação musical
Para quem tem espírito de colecionador, recomendo esta edição especial dos singles e maxi-singles editados pelos Cocteau Twins entre 82 e 96. A magnífica caixa de 4 CD chama-se "Lullabies to Violaine" e dá uma óptima prenda de Natal. Eu já o ofereci a mim próprio, não vá alguém esquecer-se...
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Olhe que não, olhe que não...
"Nestas coisas, como diria o filósofo, a natureza atribui ao ser humeno um dom único, que é o de, através do discurso, esconder o pensamento."
Jerónimo de Sousa, referindo-se a Cavaco Silva, no debate televisivo entre ambos (som na TSF)
Ou de como um metalúrgico acerta na mouche. Depois da questão dos imigrantes despoletada por Louçã (e mal gerida por Cavaco), este terá sido o ponto do debate que - segundo o meu palpitómetro - mais votos terá custado a Cavaco. Cavaco perdeu muito poucos votos contra Alegre, perdeu bastantes votos contra Louçã e perdeu muitos votos contra Jerónimo. Por isso, feitos três dos seus debates e faltando apenas o decisivo contra Soares, estico o dedo para accionar o palpitómetro e aposto que Cavaco já não tem, hoje, a vitória na primeira volta.
Jerónimo de Sousa, referindo-se a Cavaco Silva, no debate televisivo entre ambos (som na TSF)
Ou de como um metalúrgico acerta na mouche. Depois da questão dos imigrantes despoletada por Louçã (e mal gerida por Cavaco), este terá sido o ponto do debate que - segundo o meu palpitómetro - mais votos terá custado a Cavaco. Cavaco perdeu muito poucos votos contra Alegre, perdeu bastantes votos contra Louçã e perdeu muitos votos contra Jerónimo. Por isso, feitos três dos seus debates e faltando apenas o decisivo contra Soares, estico o dedo para accionar o palpitómetro e aposto que Cavaco já não tem, hoje, a vitória na primeira volta.
terça-feira, dezembro 13, 2005
A capa
Se não fossem como a Pepsi e a Coca-cola, esta capa da Newsweek merecia figurar na galeria das melhores capas da Time.
(via Bicho Carpinteiro)
O pulinho das feiras
Actualizando a problemática das feiras, dei um pulinho até Aveiro com a RTP (sem link). Aparentemente a polícia fez o que devia e, numa rusga, apreendeu grandes quantidades de produtos provenientes de contrafacção.
Curiosa, a reacção de uma vendedora no local:
1. "Mas porque é que eles não vão mas é apreender droga?"
2. "Se não nos venderem a nós as fábricas fecham."
Uma pergunta pertinente e uma afirmação preocupante de quem conhece bem o seu métier.
Curiosa, a reacção de uma vendedora no local:
1. "Mas porque é que eles não vão mas é apreender droga?"
2. "Se não nos venderem a nós as fábricas fecham."
Uma pergunta pertinente e uma afirmação preocupante de quem conhece bem o seu métier.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
Mapa da poluição
Interessante, este mapa da poluição na Europa, reproduzido no Povo de Bahá. Notícia completa na BBC.
Estes asiáticos são loucos...
Jogador fica on-line por dez dias e morre de esgotamento
Um sul-coreano de 38 anos, que jogou na internet ininterruptamente por dez dias, morreu de esgotamento, informou nesta sexta-feira uma fonte policial. O incidente aconteceu ontem, quando ele iniciava uma nova partida em um cybercafé de Incheon (oeste).
Folha Online
Um sul-coreano de 38 anos, que jogou na internet ininterruptamente por dez dias, morreu de esgotamento, informou nesta sexta-feira uma fonte policial. O incidente aconteceu ontem, quando ele iniciava uma nova partida em um cybercafé de Incheon (oeste).
Folha Online
domingo, dezembro 11, 2005
Feira do Relógio
A Feira do Relógio, em Lisboa, é (como qualquer outra do género) um impagável laboratório sociológico. Os finalistas de sociologia deviam ser obrigados a fazer ali parte do estágio. Na Feira do Relógio pulsa o país real (o.k., 95% dele!) e uma visita diz-nos muito sobre o que somos como povo e como país.
Hoje de manhã três agentes da PSP circulavam calmamente, vigilando a ordem pública por entre feirantes que, bancada sim, bancada não, comerciavam artigos de contrafacção ou simplesmente roubados. Os artigos obviamente não lhes interessavam, nem a eles nem aos agentes da polícia municipal que por lá andavam.
Desta vez como todas as outras em que já tinha presenciado a cena, achara estranho que a polícia pudesse estar presente e não fazer nada. Mas hoje vislumbrei parte da resposta quando vi uma fiscal da câmara, devidamente identificada, a conversar com uma feirante sobre o que julgei ter percebido ser algo relacionado com os documentos que é preciso ter para ali poder estar. A polícia olha para o lado porque a câmara olha para as licenças, porque os compradores olham para o bolso. É uma cadeia económica devidamente montada que só tem um detalhe estranho: é ilegal. Mas isso que importa. Aparentemente todos ganham menos as multinacionais lesadas (sim, isso é redentor!). Para refinar a ironia, até a fiscal que verificava a condição de feirantes dos feirantes ia pelo meio fazendo as suas compras da manhã: uma camisola da Gant, uma camisa Lacoste, uns sapatos Timberland, etc.
Se isto não é a imagem de um povo...
ADENDA: O Telejornal da RTP acaba de emitir uma reportagem feita na Feira do Relógio com o teor popularucho habitual, sobre o Natal dos pobres. A contrafacção e os artigos roubados não despertaram a atenção do jornalista. Mais um personagem para esta farsa nacional?
Hoje de manhã três agentes da PSP circulavam calmamente, vigilando a ordem pública por entre feirantes que, bancada sim, bancada não, comerciavam artigos de contrafacção ou simplesmente roubados. Os artigos obviamente não lhes interessavam, nem a eles nem aos agentes da polícia municipal que por lá andavam.
Desta vez como todas as outras em que já tinha presenciado a cena, achara estranho que a polícia pudesse estar presente e não fazer nada. Mas hoje vislumbrei parte da resposta quando vi uma fiscal da câmara, devidamente identificada, a conversar com uma feirante sobre o que julgei ter percebido ser algo relacionado com os documentos que é preciso ter para ali poder estar. A polícia olha para o lado porque a câmara olha para as licenças, porque os compradores olham para o bolso. É uma cadeia económica devidamente montada que só tem um detalhe estranho: é ilegal. Mas isso que importa. Aparentemente todos ganham menos as multinacionais lesadas (sim, isso é redentor!). Para refinar a ironia, até a fiscal que verificava a condição de feirantes dos feirantes ia pelo meio fazendo as suas compras da manhã: uma camisola da Gant, uma camisa Lacoste, uns sapatos Timberland, etc.
Se isto não é a imagem de um povo...
ADENDA: O Telejornal da RTP acaba de emitir uma reportagem feita na Feira do Relógio com o teor popularucho habitual, sobre o Natal dos pobres. A contrafacção e os artigos roubados não despertaram a atenção do jornalista. Mais um personagem para esta farsa nacional?
sábado, dezembro 10, 2005
Citador
"É curioso como ninguém consegue combater a religião sem fazer disso uma religião."
Estado Civil
Estado Civil
Alguém me explica...
Alguém me explica o que leva um jornal a escolher, para comentar o debate Cavaco-Louçã para a Presidência da República, um painel composto por António Perez Metelo, jornalista de economia; Saldanha Sanchez, fiscalista; e Diogo Leite Campos, fiscalista (sem link)? Será que o futuro Presidente vai acumular a pasta das finanças? Será que a sua visão da política económica é o essencial do seu projecto presidencial. Ou será que também os jornalistas e editores desta peça embarcaram na falácia de que os candidatos a presidente não têm nada de mais importante para discutir que política económica?
Exercícios de depuração
"O que decidirá as eleições não será o posicionamento ideológico mas o tipo de personalidade que a maioria dos portugueses quer ver em Belém nos próximos anos, tendo em conta a situação por que estamos a passar."
Daniel Proença de Carvalho, apoiante de Cavaco Silva, no DN
1º exercício de depuração
"O que decidirá as eleições não será o posicionamento ideológico mas o tipo de personalidade que a maioria dos portugueses quer ver em Belém nos próximos anos(...)."
2º exercício de depuração
"O que decidirá as eleições não será o posicionamento ideológico mas o tipo de personalidade (...)."
3º exercício de depuração
"O que decidirá as eleições (...) será (...) o tipo de personalidade (...)."
Isto sim, são presidenciais!
Daniel Proença de Carvalho, apoiante de Cavaco Silva, no DN
1º exercício de depuração
"O que decidirá as eleições não será o posicionamento ideológico mas o tipo de personalidade que a maioria dos portugueses quer ver em Belém nos próximos anos(...)."
2º exercício de depuração
"O que decidirá as eleições não será o posicionamento ideológico mas o tipo de personalidade (...)."
3º exercício de depuração
"O que decidirá as eleições (...) será (...) o tipo de personalidade (...)."
Isto sim, são presidenciais!
quinta-feira, dezembro 08, 2005
O PCP segundo PP
Eu compreendo as razões científicas e até politico-filosóficas que levam Pacheco Pereira a dedicar tanta da sua atenção ao PCP e a Álvaro Cunhal. Um e outro são objectos de trabalhos dos mais interessantes de que certamente poderia dispor. E - é correcto - um e outro são, na sua história, património colectivo. O Partido certamente gostaria de monopolizar a respectiva historiografia, mas isso simplesmente não é possível numa sociedade democrática.
Mas, mesmo entendendo essas razões, também me repugna aceitar como "bom" que Pacheco Pereira possa, sem mais, passar uma vida a reescrever a história do PCP de uma forma tão parcial quanto o original e, agora, crie um blogue chamado alvarocunhalbio.blogspot.com,
à maneira das biografias não autorizadas de Hollywood. Já por razões puramente teóricas, uma biografia não autorizada é um objecto bastante estranho e, em termos práticos, é, provavelmente, menos credível do que uma biografia autorizada ou uma autobiografia (afinal, o objecto aqui é o próprio biografado e portanto ninguém, mais do que ele e os que lhe são próximos, está em condições de saber como é ou como foi a sua vida).
Pergunto-me, por exemplo, como reagirá a família de Álvaro Cunhal a este conjunto de "histórias" potencialmente afectadoras da sua memória e inteiramente incontroláveis por si. O PCP já emititu um comunicado sobre o livro e o teor do mesmo é compreensível. Mas também segue a abodagem errada (e tradicional do partido). A escolha do PCP e de Álvaro Cunhal como objecto de estudo do historiador Pacheco Pereira faz todo o sentido; assim como a criação de um blogue sobre o mesmo tema, aberto a outras participações (até do próprio PCP!), é uma excelente ideia do ponto de vista do progresso do conhecimento destas matérias e um excelente exemplo de como as novas tecnologias de informação podem dinamizar o trabalho científico e a discussão política.
Conclusão lógica, então: o que falta aqui afinal é uma historiografia autorizada do PCP que seja mais do que mera propaganda e uma atitude mais dinâmica e menos reverencial por parte das pessoas que realmente privaram de perto com Álvaro Cunhal. Nem num nem outros estão obrigados a fazê-lo. Mas tanto um como outros poderiam fazê-lo e não o fazem.
Mas, mesmo entendendo essas razões, também me repugna aceitar como "bom" que Pacheco Pereira possa, sem mais, passar uma vida a reescrever a história do PCP de uma forma tão parcial quanto o original e, agora, crie um blogue chamado alvarocunhalbio.blogspot.com,
à maneira das biografias não autorizadas de Hollywood. Já por razões puramente teóricas, uma biografia não autorizada é um objecto bastante estranho e, em termos práticos, é, provavelmente, menos credível do que uma biografia autorizada ou uma autobiografia (afinal, o objecto aqui é o próprio biografado e portanto ninguém, mais do que ele e os que lhe são próximos, está em condições de saber como é ou como foi a sua vida).
Pergunto-me, por exemplo, como reagirá a família de Álvaro Cunhal a este conjunto de "histórias" potencialmente afectadoras da sua memória e inteiramente incontroláveis por si. O PCP já emititu um comunicado sobre o livro e o teor do mesmo é compreensível. Mas também segue a abodagem errada (e tradicional do partido). A escolha do PCP e de Álvaro Cunhal como objecto de estudo do historiador Pacheco Pereira faz todo o sentido; assim como a criação de um blogue sobre o mesmo tema, aberto a outras participações (até do próprio PCP!), é uma excelente ideia do ponto de vista do progresso do conhecimento destas matérias e um excelente exemplo de como as novas tecnologias de informação podem dinamizar o trabalho científico e a discussão política.
Conclusão lógica, então: o que falta aqui afinal é uma historiografia autorizada do PCP que seja mais do que mera propaganda e uma atitude mais dinâmica e menos reverencial por parte das pessoas que realmente privaram de perto com Álvaro Cunhal. Nem num nem outros estão obrigados a fazê-lo. Mas tanto um como outros poderiam fazê-lo e não o fazem.
quarta-feira, dezembro 07, 2005
Os blogues e a ERC
Para esclarecer as dúvidas sobre se, sim ou não, os blogues fazem parte das competências da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, lsantos, do Atrium dirigiu um e-mail pertinente ao ministro dos Assuntos Parlamentares. A resposta está aqui e não é clara: por um lado esclarece que os blogues não estavam no espírito inicial da lei, mas, por outro, permite uma latitude de interpretação perigosamente abrangente. Um assunto a acompanhar.
Mais uma sobre o debate
Quando Cavaco começou a tratar Alegre como "o deputado Manuel Alegre", fiquei à espera para ver quando é que o opositor respondia com "o ex-primeiro-ministro Cavaco"...
P.S. (Post Scriptum): A Torre de Vigia tem um pequeno "balanço bloguítico" sobre o debate
P.S. (Post Scriptum): A Torre de Vigia tem um pequeno "balanço bloguítico" sobre o debate
O paradoxo Osama
É um paradoxo destes tempos de globalização que Osama Bin Laden- afinal apenas um homem:
- esteja morto e isso ainda não se saiba;
ou
- esteja vivo e os EUA ainda não o tenham apriosionado.
As duas hipóteses - e outras... - são concebíveis, mas nenhuma delas deixa de ser profundamente surpreendente. Creio que mais cedo ou mais tarde este mistério será desvendado.
- esteja morto e isso ainda não se saiba;
ou
- esteja vivo e os EUA ainda não o tenham apriosionado.
As duas hipóteses - e outras... - são concebíveis, mas nenhuma delas deixa de ser profundamente surpreendente. Creio que mais cedo ou mais tarde este mistério será desvendado.
Ouvido na TSF
"Os trabalhadores da Autoeuropa vão reunir-se hoje para discutir os passos seguintes no impasse com a administração."
Duas notas: uma fonética - a repetição "passo"/"passe" - e outra linguística - é difícil conceber como serão "os passos" de um "impasse".
Duas notas: uma fonética - a repetição "passo"/"passe" - e outra linguística - é difícil conceber como serão "os passos" de um "impasse".
As diferenças entre um país desenvolvido e um país civilizado
Para que conste:
Para mim, um cidadão português, os Estados Unidos da América nunca serão um país civilizado enquanto a pena de morte existir.
Para mim, um cidadão português, os Estados Unidos da América nunca serão um país civilizado enquanto a pena de morte existir.
Alegre, o fleumático?
No debate com Cavaco, Alegre surgiu supreendentemente cordaro e fleumático, sem dúvida porque precisa de não perder votos mais do que de os ganhar. E até é capaz de manter a mesma postura "esfíngica" perante Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã. Mas não resistirá a confrontar Soares com a sua "traição". Nesse dia, Alegre vai voltar a ser aquilo que sempre foi: frontal, corajoso e polémico. Se a emoção mútua não toldar os movimentos políticos dos candidatos, esse poderá ser outro interessante debate.
Golpe baixo
No debate Alegre-Cavaco, quando o socialista disse que supra-partidário era ele porque na realidade Cavaco tinha a poderosa máquina eleitoral do PSD por trás, o ex-primeiro-ministro reagiu dizendo que Alegre gostaria de ter tido o apoio do seu partido, mas não o tinha conseguido. Foi o único golpe baixo do debate. E demonstra que Cavaco não é afinal uma esfínge. Se Cavaco reage assim a uma "alfinetada" tão ligeira, é de esperar que não resista às múltiplas "pauladas" que Soares e Louçã lhe vão desferir. Esses sim, vão ser debates "animados".
Paulo Pedroso
Paulo Pedroso esteve cinco meses em prisão preventiva sob suspeita de pedofilia e não mais se livrará do anátema de a simples suspeita acarreta. Por isso processar os acusadores não é só um direito que lhe assiste; é um dever de higiene cívica!
terça-feira, dezembro 06, 2005
Mais futebolês
Ouvido na TSF, da boca de alguém que não consegui identificar, nos comentários ao intervalo do ArtMedia-F.C.Porto:
"(...) se eu fosse o Co Adriansse metiria [do verbo metir] o Hugo Almeida, mas mantiria [do verbo mantir] em campo o Quaresma."
"(...) se eu fosse o Co Adriansse metiria [do verbo metir] o Hugo Almeida, mas mantiria [do verbo mantir] em campo o Quaresma."
Civismo é...
Porque o grau de desenvolvimento de uma sociedade também se pode medir por estas coisas, recomendo este vídeo do jogo Ajax-Den Haag, do campeonato holandês. Algo IMPOSSÍVEL em QUALQUER clube de futebol português.
(dica Bola na rede)
(dica Bola na rede)
segunda-feira, dezembro 05, 2005
Debate morno
A blogosfera e as audiências ficaram certamente desiludidas com o carácter cordato do debate Cavaco-Alegre. Mas se isso significa que foi esclarecedor, ainda bem. Mas será o último. Em todos os outro haverá sangue. Disso não tenho dúvidas.
Como bem observou Henrique Monteiro na SIC Notícias, este foi o debate entre dois candidatos mais interessados em não perder os votos que já têm do que em ganhar novos. Por isso ambos jogaram à defesa.
Como bem observou Henrique Monteiro na SIC Notícias, este foi o debate entre dois candidatos mais interessados em não perder os votos que já têm do que em ganhar novos. Por isso ambos jogaram à defesa.
domingo, dezembro 04, 2005
Infortenimento?
Segundo o JN, Francisco Penin, novo director de programas da SIC, acha que «algumas mentalidades no interior da estação têm de mudar no sentido de tornar mais ágil a ligação entre informação e entretenimento. "Antes, não havia essa sintonia". Essa ligação virá a reflectir-se em mais do que um programa. Do lado do público também observa mutações "O espectador mudou e as televisões ainda não perceberam".»
Declarações para mais tarde recordar...
(Dica IrrealTV)
Declarações para mais tarde recordar...
(Dica IrrealTV)
Vasco sobre Cavaco
Vasco Pulido Valente viu a entrevista de Cavaco Silva a Judite de Sousa, na RTP, e comentou isto:
«(...) A propósito do perigo de conflito com o primeiro-ministro, se fosse e quando fosse Presidente da República, Cavaco disse: "Duas pessoas sérias com a mesma informação (no caso ele próprio e Sócrates) têm (inevitavelmente) de concordar". Cavaco disse isto com toda a naturalidade e convicção, como quem declara uma evidência, sem uma reserva ou a mais leve sombra de ironia. Acha mesmo que sim: que duas pessoas só podem discordar por ignorância ou falta de carácter. Para ele, a verdade é unívoca e, pior ainda, não custa nada estabelecer. O fanatismo nunca falou por outras palavras e quem conserva um reflexo de independência e liberdade com certeza que as reconheceu pelo que elas são: a raiz da mais cega e absoluta intolerância (...)»
«(...) Claro que as circunstâncias não permitem que o dr. Cavaco se torne num pequeno ditador. Mas talvez convenha perceber o indivíduo que dentro de semanas vai chegar a Belém. O velho desprezo pela política (de novo flagrante nesta campanha), sempre rejeitada como pura intriga ou jogo de interesses sem legitimidade ou desculpa, não passa de uma condenação sumária da gente pouco séria (ou incapaz), que desvia ou "bloqueia" Portugal. Para o dr. Cavaco, há um "bem da nação" indiscutível e uma única maneira de governar: a maneira honesta e sabedora que ele aconselha e representa.»
(via Puxapalavra)
«(...) A propósito do perigo de conflito com o primeiro-ministro, se fosse e quando fosse Presidente da República, Cavaco disse: "Duas pessoas sérias com a mesma informação (no caso ele próprio e Sócrates) têm (inevitavelmente) de concordar". Cavaco disse isto com toda a naturalidade e convicção, como quem declara uma evidência, sem uma reserva ou a mais leve sombra de ironia. Acha mesmo que sim: que duas pessoas só podem discordar por ignorância ou falta de carácter. Para ele, a verdade é unívoca e, pior ainda, não custa nada estabelecer. O fanatismo nunca falou por outras palavras e quem conserva um reflexo de independência e liberdade com certeza que as reconheceu pelo que elas são: a raiz da mais cega e absoluta intolerância (...)»
«(...) Claro que as circunstâncias não permitem que o dr. Cavaco se torne num pequeno ditador. Mas talvez convenha perceber o indivíduo que dentro de semanas vai chegar a Belém. O velho desprezo pela política (de novo flagrante nesta campanha), sempre rejeitada como pura intriga ou jogo de interesses sem legitimidade ou desculpa, não passa de uma condenação sumária da gente pouco séria (ou incapaz), que desvia ou "bloqueia" Portugal. Para o dr. Cavaco, há um "bem da nação" indiscutível e uma única maneira de governar: a maneira honesta e sabedora que ele aconselha e representa.»
(via Puxapalavra)
quinta-feira, dezembro 01, 2005
segunda-feira, novembro 28, 2005
Aos vossos ouvidos!
Descoberto via Pandora, este disco é surpreendente. Embora (parece-me...) musicalmente distanciado da restante obra (industrial) dos Nurse with wound, um projecto de Steven Stapleton editado pela Jnana Records, o "Echo Poeme Sequence No.2" é uma peça bucólica de vozes sobre vozes (femininas e em francês) que se prolonga por 50 minutos sem que se consiga identificar um princípio, meio ou fim, sem uma narrativa, apenas com ambientes sonoros e significantes abertos. A descrição da peça está clara aqui e existem três samples aqui, aqui e aqui. A audição completa é possivel, naturalmente na caixa de Pandora, por exemplo iniciando uma nova estação com "Nurse with wound". E eis como a música ainda nos pode surpreender.
domingo, novembro 27, 2005
Lema de vida
«Gastei muito dinheiro em bebida, miúdas e carros rápidos. O resto, desperdicei.»
George Best (1946-2005).
(via Estado Civil)
George Best (1946-2005).
(via Estado Civil)
quinta-feira, novembro 24, 2005
Weather forecast
À atenção do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica:
Watchout for theses dudes!
GARY'S WEATHER FORECASTING STONE
CONDITION --- FORECAST
Stone is wet --- Rain
Stone is dry --- Not raining
Shadow on ground --- Sunny
White on top --- Snowing
Can't see stone --- Foggy
Swinging stone --- Windy
Stone jumping up and down --- Earthqwake
Stone gone --- Tornado
Watchout for theses dudes!
GARY'S WEATHER FORECASTING STONE
CONDITION --- FORECAST
Stone is wet --- Rain
Stone is dry --- Not raining
Shadow on ground --- Sunny
White on top --- Snowing
Can't see stone --- Foggy
Swinging stone --- Windy
Stone jumping up and down --- Earthqwake
Stone gone --- Tornado
Futebol é...
«Há quem sustente que o futebol nada tem a ver com a vida do homem e as suas coisas mais essenciais. Desconheço o que sabe essa gente da vida. Mas tenho a certeza de uma coisa: não sabe nada de futebol»
Eduardo Sacheri, escritor argentino , autor do livro de contos sobre futebol «Esperándolo a Tito» (Ed. Galerna)
(citado no Princípio de pubalgia)
Eduardo Sacheri, escritor argentino , autor do livro de contos sobre futebol «Esperándolo a Tito» (Ed. Galerna)
(citado no Princípio de pubalgia)
quarta-feira, novembro 23, 2005
Uma imagem para...
Uma boa imagem de Outono para...
1. Destacar as fotos de um amigo.
2. Elogiar a plataforma de fotografia olhares.com
3. Testar a velocidade de upload da placa 3G...
Postando em 3G
Postando em 3G com uma placa Vodafone Mobile Connect. À procura da mobilidade total. Irei dando notícias...
segunda-feira, novembro 21, 2005
Pérolas linguísticas
(Jorge Coroado, ontem, na TVI, comentando o lance em que Nem, do Sp.Braga, cortou a bola com o peito dentro da área)
"... e efectuou o corte com a região mamilar direita."
"... e efectuou o corte com a região mamilar direita."
domingo, novembro 20, 2005
Abram esta caixa de Pandora!
Cliente habitual de rádio na internet, descobri há dias este site. Chama-se Pandora, é filho de um projecto também muito interessante chamado Music Genome Project e tem associado um blogue.
Basicamente o que faz é pedir ao visitante que identifique um artista ou uma música da sua preferência e depois passa a transmitir outras músicas com os mesmos "genes". Se o ouvinte gosta, sinaliza o facto; se não gosta, diz isso; e a "emissão" vai sendo moldada ao sabor dessas indicações, que ficam todas registadas num historial de preferências. Para isso pede apenas um pequeno registo com e-mail.
A cada momento podemos imediatamente linkar para a Amazon para comprar o album ou para o iTunes para comprar a canção. Sempre que descobrimos um artista de que gostámos e não conhecíamos podemos criar uma rádio a partir dele ou adicioná-lo à nossa lista de preferências, a qual pode ser imprimida e contém links para compra e também para mais informações sobre o artista no allmusic.com.
É possível definir várias "rádios" diferentes cada uma com o seu estilo. Eu já defini 5 diferentes. A título de exemplo eis a "minha" Boozoo Bajou Radio (claro que não faz sentido ouvir esta - embora boa - mas cada um "construir" a sua).
Em termos de interactividade musical na internet isto foi o melhor que já vi até hoje e merece todos os elogios.
Basicamente o que faz é pedir ao visitante que identifique um artista ou uma música da sua preferência e depois passa a transmitir outras músicas com os mesmos "genes". Se o ouvinte gosta, sinaliza o facto; se não gosta, diz isso; e a "emissão" vai sendo moldada ao sabor dessas indicações, que ficam todas registadas num historial de preferências. Para isso pede apenas um pequeno registo com e-mail.
A cada momento podemos imediatamente linkar para a Amazon para comprar o album ou para o iTunes para comprar a canção. Sempre que descobrimos um artista de que gostámos e não conhecíamos podemos criar uma rádio a partir dele ou adicioná-lo à nossa lista de preferências, a qual pode ser imprimida e contém links para compra e também para mais informações sobre o artista no allmusic.com.
É possível definir várias "rádios" diferentes cada uma com o seu estilo. Eu já defini 5 diferentes. A título de exemplo eis a "minha" Boozoo Bajou Radio (claro que não faz sentido ouvir esta - embora boa - mas cada um "construir" a sua).
Em termos de interactividade musical na internet isto foi o melhor que já vi até hoje e merece todos os elogios.
sexta-feira, novembro 18, 2005
Miguel Sousa Tavares "abana" de novo
"(...) admiro a inteligência, a lucidez e a frontalidade do único colunista português a que reconheço completo desprendimento político e ausência de outra agenda que não a própria." Concordo com ele quase sempre que ele decide invectar contra as diversas manifestações do politicamente correcto. Mas acho exagerados os encómios de que foi alvo aqui e aqui.
Concordo com o Murcon e o seu leitor na desmontagem dos argumentos da opinião de MST no Público de hoje (link no blogue "não oficial"). A questão é muito mais desafiante do que o simplismo de MST deixa entender. Basta estar 15 minutos numa escola secundária para ver rapazes e raparigas aos beijos e apalpões. E que me conste nunca uma escola sancinou isso com a mesmo empenho com que agora foram sancionadas as duas raparigas de Gaia.
A questão decisiva é: concordamos ou não concordamos? Se concordamos temos que aceitar nos mesmíssimos termos em que aceitamos os casais heterosexuais. Se não concordamos devemos lutar contra com todos os maios legais e legítimos ao nosso dispor Mas não devemos dizer "sim, mas...". Porque os outros alunos também não são obrigados a ver o "mel" dos casais heterossexuais. Porque estes beijos e apalpões também são, na opinião de MST assim como na do conselho directivo, "uma questão de bom gosto".
A mim isso também me incomoda e ficaria preocupado se acontecesse na escola do meu filho. Mas é para contrariar esse tipo de sentimentos profundos que temos uma Razão ainda mais profunda e poderosa do que eles. Muitas vezes definir o que é certo e pautar a nossa vida por isso é difícil. Mas é isso que devemos fazer. E isso, pelos dados que conheço, iliba as namoradinhas de Gaia
Concordo com o Murcon e o seu leitor na desmontagem dos argumentos da opinião de MST no Público de hoje (link no blogue "não oficial"). A questão é muito mais desafiante do que o simplismo de MST deixa entender. Basta estar 15 minutos numa escola secundária para ver rapazes e raparigas aos beijos e apalpões. E que me conste nunca uma escola sancinou isso com a mesmo empenho com que agora foram sancionadas as duas raparigas de Gaia.
A questão decisiva é: concordamos ou não concordamos? Se concordamos temos que aceitar nos mesmíssimos termos em que aceitamos os casais heterosexuais. Se não concordamos devemos lutar contra com todos os maios legais e legítimos ao nosso dispor Mas não devemos dizer "sim, mas...". Porque os outros alunos também não são obrigados a ver o "mel" dos casais heterossexuais. Porque estes beijos e apalpões também são, na opinião de MST assim como na do conselho directivo, "uma questão de bom gosto".
A mim isso também me incomoda e ficaria preocupado se acontecesse na escola do meu filho. Mas é para contrariar esse tipo de sentimentos profundos que temos uma Razão ainda mais profunda e poderosa do que eles. Muitas vezes definir o que é certo e pautar a nossa vida por isso é difícil. Mas é isso que devemos fazer. E isso, pelos dados que conheço, iliba as namoradinhas de Gaia
A história do homem que não tinha opiniões
"Os portugueses têm opiniões sobre tudo, Cavaco (como se constatou esta semana na TVI) não tem opiniões sobre nada. Não tem opiniões sobre o mandato de Sampaio. Não tem opinião sobre Sócrates. Não tem opinião sobre o orçamento. Não tem opinião sobre o regime. Não tem opinião sobre a "Europa". Com a maior firmeza e a maior coragem, é um homem sem opiniões..."
Vasco Pulido Valente, no Público de hoje
(citado no PuxaPalavra)
Vasco Pulido Valente, no Público de hoje
(citado no PuxaPalavra)
Ninguém pára o Google!
Dica do Blasfémias, está finalmente online o Google News Portugal, o agregador de notícias nacionais provenentes de mais de 200 fontes. Acho que vai usurpar o posto de homepage ao Eu Sou Jornalista...
Os jornais gratuitos
Depois de algumas tentativas falhadas no passado, parece claro que os jornais gratuitos vieram para ficar e ameaçam recompor a paisagem de media diários em Portugal. Tanto do ponto de vista das audiências (quem lê: os leitores dos diários populares; os "não leitores", como lhes chama o director do Destak"; ou ainda outros?), como da informação (serão os gratuitos mais sujeitos a pressão? Podemos confiar na sua informação?). E quando aparacer um grauito desportivo? Tudo questões que carecem de resposta. Sem dúvida um tema a acompanhar atentamente.
Plural não concordante
Concordo com o Homem ao Mar. Também ouvi na TSF de manhã:
"O governo esconde há cinco anos um estudo sobre a OTA" em que se prevê o descalabro do turismo em Lisboa.
Só que este governo tem menos de cinco anos, portanto das duas uma:
"O governo esconde há um ano" ou "Os governos escondem há 5 anos" eram as formulações certas.
"O governo esconde há cinco anos um estudo sobre a OTA" em que se prevê o descalabro do turismo em Lisboa.
Só que este governo tem menos de cinco anos, portanto das duas uma:
"O governo esconde há um ano" ou "Os governos escondem há 5 anos" eram as formulações certas.
Portátil e universal?
Uma notícia a registar: portáteis a 100 dólares para as crianças dos países menos desenvolvidos. Um projecto com o apoio das Nações Unidas desenvolvido pelo MIT Media Lab e apresentado por Nicholas Negroponte. É de ideias novas e iniciativas ousadas que o Mundo precisa. Pode haver muitas dúvidas, milhares delas, mas uma coisa é certa: mal não faz!
Aldeia global
Através do Fumaças descobri este post do Kriptonita, que oportunamente lembra porque razão a Associação de Agências de Viagens Portuguesas apoia Mário Soares. Reproduzo ispis verbis a lista do Kriponita porque é com posts destes que o Tese&Antítese se torna um "grande" blogue:
"1986
11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
06 a 09 de Julho - França
12 a 14 de Setembro - Espanha
17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
28 de Outubro - Moçambique
05 a 08 de Dezembro - São Tomé e Príncipe
08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde
1987
15 a 18 de Janeiro - Espanha
24 de Março a 05 de Abril - Brasil
16 a 26 de Maio - Estados Unidos
13 a 16 de Junho - França e Suíça
16 a 20 de Outubro - França
22 a 29 de Novembro - Rússia
14 a 19 de Dezembro - Espanha
1988
18 a 23 de Abril - Alemanha
16 a 18 de Maio - Luxemburgo
18 a 21 de Maio - Suíça
31 de Maio a 05 de Junho - Filipinas
05 a 08 de Junho - Estados Unidos
08 a 13 de Agosto - Equador
13 a 15 de Outubro - Alemanha
15 a 18 de Outubro - Itália
05 a 10 de Novembro - França
12 a 17 de Dezembro - Grécia
1989
19 a 21 de Janeiro - Alemanha
31 de Janeiro a 05 de Fevereiro - Venezuela
21 a 27 de Fevereiro - Japão
27 de fevereiro a 05 de Março - Hong-Kong e Macau
05 a 12 de Março - Itália
24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
12 a 16 de Julho - Estados Unidos
17 a 19 de Julho - Espanha
27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
02 a 04 de Outubro - Holanda
16 a 24 de Outubro - França
20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
24 a 26 de Novembro - Costa do Marfim
26 a 30 de Novembro - Zaire
27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
15 a 20 de Fevereiro - Itália
10 a 21 de Março - Chile e Brasil
26 a 29 de Abril - Itália
05 a 06 de Maio - Espanha
15 a 20 de Maio - Marrocos
09 a 11 de Outubro - Suécia
27 a 28 de Outubro - Espanha
11 a 12 de Novembro - Japão
1991
29 a 31 de Janeiro - Noruega
21 a 23 de Março - Cabo Verde
02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe
05 a 09 de Abril - Itália
17 a 23 de Maio - Rússia
08 a 11 de Julho - Espanha
16 a 23 de Julho - México
27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha
14 a 19 de Setembro - França e Bélgica
08 a 10 de Outubro - Bélgica
22 a 24 de Novembro - França
08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos
23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - India
09 a 11 de Março - França
13 a 14 de Março - Espanha
25 a 29 de Abril - Espanha
04 a 06 de Maio - Suíça
06 a 09 de Maio - Dinamarca
26 a 28de Maio - Alemanha
30 a 31 de Maio - Espanha
01 a 07 de Junho - Brasil
11 a 13 de Junho - Espanha
13 a 15 de Junho - Alemanha
19 a 21 de Junho - Itália
14 a 16 de Outubro - França
16 a 19 de Outubro - Alemanha
19 a 21 de Outubro - Áustria
21 a 27 de Outubro - Turquia
01 a 03 de Novembro - Espanha
17 a 19 de Novembro - França
26 a 28 de Novembro - Espanha
13 a 16 de Dezembro - França
1993
17 a 21 de Fevereiro - França
14 a 16 de Março - Bélgica
06 a 07 de Abril - Espanha
18 a 20 de Abril - Alemanha
21 a 23 de Abril - Estados Unidos
27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha e Escócia
14 a 16 de Maio - Espanha
17 a 19 de Maio - França
22 a 23 de Maio - Espanha
01 a 04 de Junho - Irlanda
04 a 06 de Junho - Islândia
05 a 06 de Julho - Espanha
09 a 14 de Julho - Chile
14 a 21 de Julho - Brasil
24 a 26 de Julho - Espanha
06 a 07 de Agosto - Bélgica
07 a 08 de Setembro - Espanha
14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte
18 a 27 de Outubro - Japão
28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1994
02 a 05 de Fevereiro - França
27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias)
18 a 26 de Março - Brasil
08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de Mandela)
22 a 27 de Maio - Itália
27 a 31 de Maio - África do Sul
06 a 07 de Junho - Espanha
12 a 20 de Junho - Colômbia
05 a 06 de Julho - França
10 a 13 de Setembro - Itália
13 a 16 de Setembro - Bulgária
16 a 18 de Setembro - França
28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau
09 a 11 de Outubro - Malta
11 a 16 de Outubro - Egipto
17 a 18 de Outubro - Letónia
18 a 20 de Outubro - Polónia
09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha
15 a 17 de Novembro - República Checa
17 a 19 de Novembro - Suíça
27 a 28 de Novembro - Marrocos
07 a 12 de Dezembro - Moçambique
30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 - Brasil
1995
31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França
12 a 13 de Fevereiro - Espanha
07 a 08 de Março - Tunísia
06 a 10 de Abril - Macau
10 a 17 de Abril - China
17 a 19 de Abril - Paquistão
07 a 09 de Maio - França
21 de Setembro - Espanha
23 a 28 de Setembro - Turquia
14 a 19 de Outubro - Argentina e Uruguai
20 a 23 de Outubro - Estados Unidos
27 de Outubro - Espanha
31 de Outubro a 04 de Novembro - Israel
04 e 05 de Novembro Faixa de Gaza e Cisjordânia
05 e 06 de Novembro - Cidade de Jerusalém
15 a 16 de Novembro - França
17 a 24 de Novembro - África do Sul
24 a 28 de Novembro - Ilhas Seychelles
04 a 05 de Dezembro - Costa do Marfim
06 a 10 de Dezembro - Macau
11 a 16 de Dezembro - Japão
1996
08 a 11 de Janeiro - Angola
Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou 57 países
(alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes e a
França 21 vezes), percorrendo no total 992.809 KMS o que corresponde a
22 vezes a volta ao mundo. "
"1986
11 a 13 de Maio - Grã-Bretanha
06 a 09 de Julho - França
12 a 14 de Setembro - Espanha
17 a 25 de Outubro - Grã-Bretanha e França
28 de Outubro - Moçambique
05 a 08 de Dezembro - São Tomé e Príncipe
08 a 11 de Dezembro - Cabo Verde
1987
15 a 18 de Janeiro - Espanha
24 de Março a 05 de Abril - Brasil
16 a 26 de Maio - Estados Unidos
13 a 16 de Junho - França e Suíça
16 a 20 de Outubro - França
22 a 29 de Novembro - Rússia
14 a 19 de Dezembro - Espanha
1988
18 a 23 de Abril - Alemanha
16 a 18 de Maio - Luxemburgo
18 a 21 de Maio - Suíça
31 de Maio a 05 de Junho - Filipinas
05 a 08 de Junho - Estados Unidos
08 a 13 de Agosto - Equador
13 a 15 de Outubro - Alemanha
15 a 18 de Outubro - Itália
05 a 10 de Novembro - França
12 a 17 de Dezembro - Grécia
1989
19 a 21 de Janeiro - Alemanha
31 de Janeiro a 05 de Fevereiro - Venezuela
21 a 27 de Fevereiro - Japão
27 de fevereiro a 05 de Março - Hong-Kong e Macau
05 a 12 de Março - Itália
24 de Junho a 02 de Julho - Estados Unidos
12 a 16 de Julho - Estados Unidos
17 a 19 de Julho - Espanha
27 de Setembro a 02 de Outubro - Hungria
02 a 04 de Outubro - Holanda
16 a 24 de Outubro - França
20 a 24 de Novembro - Guiné-Bissau
24 a 26 de Novembro - Costa do Marfim
26 a 30 de Novembro - Zaire
27 a 30 de Dezembro - República Checa
1990
15 a 20 de Fevereiro - Itália
10 a 21 de Março - Chile e Brasil
26 a 29 de Abril - Itália
05 a 06 de Maio - Espanha
15 a 20 de Maio - Marrocos
09 a 11 de Outubro - Suécia
27 a 28 de Outubro - Espanha
11 a 12 de Novembro - Japão
1991
29 a 31 de Janeiro - Noruega
21 a 23 de Março - Cabo Verde
02 a 04 de Abril - São Tomé e Príncipe
05 a 09 de Abril - Itália
17 a 23 de Maio - Rússia
08 a 11 de Julho - Espanha
16 a 23 de Julho - México
27 de Agosto a 01 de Setembro - Espanha
14 a 19 de Setembro - França e Bélgica
08 a 10 de Outubro - Bélgica
22 a 24 de Novembro - França
08 a 12 de Dezembro - Bélgica e França
1992
10 a 14 de Janeiro - Estados Unidos
23 de Janeiro a 04 de Fevereiro - India
09 a 11 de Março - França
13 a 14 de Março - Espanha
25 a 29 de Abril - Espanha
04 a 06 de Maio - Suíça
06 a 09 de Maio - Dinamarca
26 a 28de Maio - Alemanha
30 a 31 de Maio - Espanha
01 a 07 de Junho - Brasil
11 a 13 de Junho - Espanha
13 a 15 de Junho - Alemanha
19 a 21 de Junho - Itália
14 a 16 de Outubro - França
16 a 19 de Outubro - Alemanha
19 a 21 de Outubro - Áustria
21 a 27 de Outubro - Turquia
01 a 03 de Novembro - Espanha
17 a 19 de Novembro - França
26 a 28 de Novembro - Espanha
13 a 16 de Dezembro - França
1993
17 a 21 de Fevereiro - França
14 a 16 de Março - Bélgica
06 a 07 de Abril - Espanha
18 a 20 de Abril - Alemanha
21 a 23 de Abril - Estados Unidos
27 de Abril a 02 de Maio - Grã-Bretanha e Escócia
14 a 16 de Maio - Espanha
17 a 19 de Maio - França
22 a 23 de Maio - Espanha
01 a 04 de Junho - Irlanda
04 a 06 de Junho - Islândia
05 a 06 de Julho - Espanha
09 a 14 de Julho - Chile
14 a 21 de Julho - Brasil
24 a 26 de Julho - Espanha
06 a 07 de Agosto - Bélgica
07 a 08 de Setembro - Espanha
14 a 17 de de Outubro - Coreia do Norte
18 a 27 de Outubro - Japão
28 a 31 de Outubro - Hong-Kong e Macau
1994
02 a 05 de Fevereiro - França
27 de Fevereiro a 03 de Março - Espanha (incluindo Canárias)
18 a 26 de Março - Brasil
08 a 12 de Maio - África do Sul (Tomada de posse de Mandela)
22 a 27 de Maio - Itália
27 a 31 de Maio - África do Sul
06 a 07 de Junho - Espanha
12 a 20 de Junho - Colômbia
05 a 06 de Julho - França
10 a 13 de Setembro - Itália
13 a 16 de Setembro - Bulgária
16 a 18 de Setembro - França
28 a 30 de Setembro - Guiné-Bissau
09 a 11 de Outubro - Malta
11 a 16 de Outubro - Egipto
17 a 18 de Outubro - Letónia
18 a 20 de Outubro - Polónia
09 a 10 de Novembro - Grã-Bretanha
15 a 17 de Novembro - República Checa
17 a 19 de Novembro - Suíça
27 a 28 de Novembro - Marrocos
07 a 12 de Dezembro - Moçambique
30 de Dezembro a 09 de Janeiro 1995 - Brasil
1995
31 de Janeiro a 02 de Fevereiro - França
12 a 13 de Fevereiro - Espanha
07 a 08 de Março - Tunísia
06 a 10 de Abril - Macau
10 a 17 de Abril - China
17 a 19 de Abril - Paquistão
07 a 09 de Maio - França
21 de Setembro - Espanha
23 a 28 de Setembro - Turquia
14 a 19 de Outubro - Argentina e Uruguai
20 a 23 de Outubro - Estados Unidos
27 de Outubro - Espanha
31 de Outubro a 04 de Novembro - Israel
04 e 05 de Novembro Faixa de Gaza e Cisjordânia
05 e 06 de Novembro - Cidade de Jerusalém
15 a 16 de Novembro - França
17 a 24 de Novembro - África do Sul
24 a 28 de Novembro - Ilhas Seychelles
04 a 05 de Dezembro - Costa do Marfim
06 a 10 de Dezembro - Macau
11 a 16 de Dezembro - Japão
1996
08 a 11 de Janeiro - Angola
Durante os anos que ocupou o Palácio de Belém, Soares visitou 57 países
(alguns várias vezes como por exemplo Espanha que visitou 24 vezes e a
França 21 vezes), percorrendo no total 992.809 KMS o que corresponde a
22 vezes a volta ao mundo. "
quarta-feira, novembro 16, 2005
Femininismo radical
Do feminino e feminista Sorriso aos molhos, retiro "o porta-facas que qualquer mulher devia ter na cozinha":
sábado, novembro 12, 2005
À atenção da blogosfera
"Eu não procuro saber as respostas, procuro compreender as perguntas."
Confúcio
"Os homens são movidos e perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que eles têm delas."
Epicteto
(citados na revista Egoísta de Setembro)
Confúcio
"Os homens são movidos e perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que eles têm delas."
Epicteto
(citados na revista Egoísta de Setembro)
sexta-feira, novembro 11, 2005
Afinal havia estudos...
A pedido de muitas famílias, já estão disponíveis online alguns dos estudos sobre o aeroporto da Ota. Será o fim de mais uma MICRO-CAUSA?
quinta-feira, novembro 10, 2005
Postando...
O Bodegas compilou a desgarrada postante entre Gabriel Silva e João Caetano Dias, no Blasfémias. Pela criatividade, vale a pena reproduzir com a devida vénia:
A post roubado não se olha ao enter.
Quem vai à bica, perde o post.
Os bons posts fazem os amigos.
Cá se postam, cá se pagam.
Os posts iludem.
Os posts são como as cerejas, vêm uns atrás dos outros.
Os posts e os amores, os primeiros são os melhores.
Posta melhor quem posta por último.
Amigos, amigos, posts à parte.
Deixem-me postar. (Ditado cavaquista)
Nunca comento e raramente posto. (outro)
Postar é fixe.
Quem tem CPU tem blogue.
Mais vale um post na mão, do que dois drafts a voar.
Malha no post enquanto está quente.
Mãos quentes, postes ausentes.
Muito postar, pouco acertar.
O primeiro post é para os pardais.
O post a seu dono.
O post perdido nunca se recupera.
Post por post, blog por blog.
Os posts são para as ocasiões.
Os homens não se medem aos posts.
Posts não pagam dívidas.
Há posts que vêm por bem.
De bons posts está o blog cheio.
Postando se vai ao longe.
Quem posta por gosto, não se cansa.
A post roubado não se olha ao enter.
Quem vai à bica, perde o post.
Os bons posts fazem os amigos.
Cá se postam, cá se pagam.
Os posts iludem.
Os posts são como as cerejas, vêm uns atrás dos outros.
Os posts e os amores, os primeiros são os melhores.
Posta melhor quem posta por último.
Amigos, amigos, posts à parte.
Deixem-me postar. (Ditado cavaquista)
Nunca comento e raramente posto. (outro)
Postar é fixe.
Quem tem CPU tem blogue.
Mais vale um post na mão, do que dois drafts a voar.
Malha no post enquanto está quente.
Mãos quentes, postes ausentes.
Muito postar, pouco acertar.
O primeiro post é para os pardais.
O post a seu dono.
O post perdido nunca se recupera.
Post por post, blog por blog.
Os posts são para as ocasiões.
Os homens não se medem aos posts.
Posts não pagam dívidas.
Há posts que vêm por bem.
De bons posts está o blog cheio.
Postando se vai ao longe.
Quem posta por gosto, não se cansa.
Preocupante...
Sem tempo para aprofundar a questão, limito-me achar muito preocupante que o despacho de não pronúncia de Paulo Pedroso, Francisco Alves e Herman José considere as declarações das testemunhas "falsas, inventadas, contraditórias e delirantes" e acuse o MP de "tentativa de manipulação grosseira de depoimentos". É preocupante para os acusadores, para as vítimas, para o bom nome dos acusados e, sobretudo, para a sanidade mental colectiva do povo português.
quarta-feira, novembro 09, 2005
Blogues em inquérito
Egoísmo vs. Altruísmo
O Estado do Sítio refere-se a umas "explicações" de Soares sobre a dicotomia esquerda-direita, que ele expressa numa oposição altruísmo-egoísmo.
A ideia é interessante e liga-se com uma uma polémica recente a propóstito da diferença entre "consumidor e "cidadão". A polémica começou no Bicho Carpinteiro, continuou no Blasfémias e - abundantemente - na respectiva caixa de comentários.
Qual a ligação que faço entre as duas coisas? Está expressa no meu comentário nessa ocasião: "a diferença entre cidadão e consumidor é que o cidadão é capaz de comportamentos altruístas e o consumidor só consegue comportamentos egoístas. É por isso que a democracia MELHORA o funcionamento da sociedade (a História demonstra-o). E é por isso que o mercado faz a sociedade PROGREDIR (a História também o demonstra). Somos ambas as coisas - cidadãos e consumidores - e ainda bem!"
Mas - acrescento agora - não devemos esquecer a diferença entre o nosso lado mais nobre e o nosso lado mais miserável. Aquele que nos eleva (sem religiões...) e aquele que nos subjuga.
A esquerda é ideologicamente altruísta e a direita é ideologicamente egoísta. Isso constitui simultaneamente a força e a fraqueza de cada uma delas.
O velho tem razão!
A ideia é interessante e liga-se com uma uma polémica recente a propóstito da diferença entre "consumidor e "cidadão". A polémica começou no Bicho Carpinteiro, continuou no Blasfémias e - abundantemente - na respectiva caixa de comentários.
Qual a ligação que faço entre as duas coisas? Está expressa no meu comentário nessa ocasião: "a diferença entre cidadão e consumidor é que o cidadão é capaz de comportamentos altruístas e o consumidor só consegue comportamentos egoístas. É por isso que a democracia MELHORA o funcionamento da sociedade (a História demonstra-o). E é por isso que o mercado faz a sociedade PROGREDIR (a História também o demonstra). Somos ambas as coisas - cidadãos e consumidores - e ainda bem!"
Mas - acrescento agora - não devemos esquecer a diferença entre o nosso lado mais nobre e o nosso lado mais miserável. Aquele que nos eleva (sem religiões...) e aquele que nos subjuga.
A esquerda é ideologicamente altruísta e a direita é ideologicamente egoísta. Isso constitui simultaneamente a força e a fraqueza de cada uma delas.
O velho tem razão!
Forte e feio!
«(...) podem cobrir-se aqueles jovens de subsídios, juntando outros àqueles que as suas famílias já recebem, e o problema da sua exclusão manter-se-á. Porque ela nasce dum dos pilares da nossa cidade-Estado: o nosso culto das vítimas. Esse culto que nos permite sentir moralmente superiores. Os pobrezinhos das segundas-feiras das famílias burguesas do início do século XX foram substituídos pelos excluídos. (...) Em nome dessa tremenda mistificação que é o multiculturalismo alimentou-se nestas populações um culto das suas raízes africanas e muçulmanas, quando as raízes deles estavam aqui. Criou-se-lhes uma identidade em alhures que ninguém sabe onde fica, tanto mais que não existe.»
Helena Matos, no Público
(citação Babugem)
Helena Matos, no Público
(citação Babugem)
terça-feira, novembro 08, 2005
Vidcasting no Washington Post
Refere o Cyberjournalist.net que o Washingtonpost.com lançou o primeiro video podcasting. Se o podcasting já ameaça seriamente a rádio tal como a conhecemos, o video podcasting não tarda estará a pôr em causa o papel ditatorial dos programadores de televisão. É uma questão de tempo, José Eduardo Moniz.
Como fazer?
Uma dica de Paulo Querido no Mas certamente que sim! este "como fazer" online (aberto a colaborações wiki). Está lá tudo - "como tirar uma nódoa", "como fazer um laço", "como escolher um computador" - excepto o que lá falta.
Paris
"No meio da confusão, incendiou o carro do único vizinho que lhe dava boleia para fora do bairro, todas as manhãs."
Todos os equívocos numa só frase.
José Mário Silva, no letra minúscula
Todos os equívocos numa só frase.
José Mário Silva, no letra minúscula
Ciclo Falar de Blogues na Almedina, em Lisboa
(via Bomba Inteligente)
Dia 10 de Novembro, pela 19h, na Livraria Almedina, no piso 2 do Atrium Saldanha, em Lisboa, mais uma conferância do ciclo Falar de Blogues. A organização é de José Carlos Abrantes e da Almedina. Os participantes são Catarina Rodrigues, mestranda em Ciências da Comunicação (da organização do 2.º Encontro de Weblogs), António Granado, do Ponto Media e jornalista do Público, Joana Amaral Dias, co-autora do Bicho Carpinteiro e Rogério Santos, do Indústrias Culturais e professor na Universidade Católica.
Dia 10 de Novembro, pela 19h, na Livraria Almedina, no piso 2 do Atrium Saldanha, em Lisboa, mais uma conferância do ciclo Falar de Blogues. A organização é de José Carlos Abrantes e da Almedina. Os participantes são Catarina Rodrigues, mestranda em Ciências da Comunicação (da organização do 2.º Encontro de Weblogs), António Granado, do Ponto Media e jornalista do Público, Joana Amaral Dias, co-autora do Bicho Carpinteiro e Rogério Santos, do Indústrias Culturais e professor na Universidade Católica.
Jura?....
Segundo Vladimir Jirinovski (sim, esse mesmo, felizmente não morreu...) os acontecimentos em França são na realidade uma maquinação... da CIA.
(uma descoberta do Acidental)
(uma descoberta do Acidental)
França "au cinéma"
Bem visto! A Grande Loja do Queijo Limiano recorda, a propósito da crise francesa, dois complementos cinematográficos: o evidente La Haine, de Mathieu Kassovitz; e o menos evidente mais ainda mais pertinente Fight Club, de David Fincher.
Os sofismas dos franceses
O discurso circular e sofismático (muito "à la Guterres") dos responsáveis franceses (presidente e PM) acerca dos acontecimentos em Paris é particularmente emblemático e irritante.
O problema é grave e não tem uma solução fácil. Claro que existe um efeito de mimetismo que leva as hordas de jovens sem referências a imitarem outras hordas de jovens sem referências. Claro que existe um efeito de visibilidade que os media e as televisões conferem ao fenómeno que faz dos distúrbuios "um espectáculo!". Claro que estes são actos de delinquentes e marginais provavelmente sem nenhuma filiação étnica que não seja meramente circunstancial. Mas de facto, trata-se de hordas de jovens sem referências, com desejo de protagonismo e vontade de demonstração de força, alimentados pela crença de que são marginalizados pela sociedade. E isso são-no em Paris como o são em Lyon, em Hamburgo, em Amesterdão, em Londres, em Roma ou em Lisboa. Nuns casos serão muçulmanos, noutros serão turcos, indianos ou caboverdianos. Mas o que serão sempres é hordas de jovens marginalizados com desejo de protagonismo.
O problema é grave e não tem uma solução fácil. Claro que existe um efeito de mimetismo que leva as hordas de jovens sem referências a imitarem outras hordas de jovens sem referências. Claro que existe um efeito de visibilidade que os media e as televisões conferem ao fenómeno que faz dos distúrbuios "um espectáculo!". Claro que estes são actos de delinquentes e marginais provavelmente sem nenhuma filiação étnica que não seja meramente circunstancial. Mas de facto, trata-se de hordas de jovens sem referências, com desejo de protagonismo e vontade de demonstração de força, alimentados pela crença de que são marginalizados pela sociedade. E isso são-no em Paris como o são em Lyon, em Hamburgo, em Amesterdão, em Londres, em Roma ou em Lisboa. Nuns casos serão muçulmanos, noutros serão turcos, indianos ou caboverdianos. Mas o que serão sempres é hordas de jovens marginalizados com desejo de protagonismo.
segunda-feira, novembro 07, 2005
Estatísticas sempre à mão
Muito interessante esta dica do Ponto Media: através do Blogpulse é possível construir gráficos interessantes sobre a presença de diversos temas na blogosfera. Há aqui muita matéria para exploração.
O entrevistador
Se Soares é o "ouvidor", Carlos Vaz Marques é certamente o "entrevistador".
Justos parabéns pela 500ª edição do Pessoal e Transmissível na TSF. José Saramago é o entrevistado.
Justos parabéns pela 500ª edição do Pessoal e Transmissível na TSF. José Saramago é o entrevistado.
Newsletter Obercom
Ora aqui está algo que vale a pena subscrever para se ter uma ideia abrangente do sector dos media, muitas vezes com artigos profundos e insightful: a newsletter do Obercom - Observatório da Comunicação torna-se acessível mediante registo aqui.
Garrafa meio cheia... ou meio vazia!
Piada para pensar:
Se 23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo consumo de álcool, isto significa que 77% dos acidentes são causados por pessoas que bebem água.
Perigosos... esses gajos e gajas que bebem água!
Se 23% dos acidentes de trânsito são provocados pelo consumo de álcool, isto significa que 77% dos acidentes são causados por pessoas que bebem água.
Perigosos... esses gajos e gajas que bebem água!
sábado, novembro 05, 2005
Cavaco mordeu o isco?
Ao contrário do que acreditavam Nuno Rogeiro e Pedro Lomba, entre outros, essa história da "deriva presidencialista" não era apenas um fantasma criado pela esquerda para ganhar votos. Estas declarações de Cavaco não dão a medida institucional dessa "deriva", mas dirigem para aí a questão. Estarão os analistas errados? Ou serão eles que estão certos e, ao inverso, é o próprio Cavaco que está errado ao negá-los. Como li algures (prometo dizer onde quando voltar a tropeçar nesse post), Cavaco terá mordido o isco de Soares e dirigiu a agenda para onde o velho político queria que ela fosse. Não há dúvida: esta eleição vai ser interessantíssima de observar.
quinta-feira, novembro 03, 2005
Praias Privadas
Ao contrario do Causa Nossa, eu nao aplaudo este categorico "nao ha praias privadas em Portugal" proferido pelo ministro do Ambiente, Nunes Correias. Ha praias privadas em todo o mundo ocidental. E se nao pode haver praias privadas, pode haver campos de golfe privados? E monumentos privados?
Sujeito a confirnaçao, esta afirmaçao parece-me um descuido esquerdista que o PM ainda pode ter que vir emendar.
(explicaçao para a falta de acentos: postdo a partir de um teclado italiano no lounge de Milao)
Sujeito a confirnaçao, esta afirmaçao parece-me um descuido esquerdista que o PM ainda pode ter que vir emendar.
(explicaçao para a falta de acentos: postdo a partir de um teclado italiano no lounge de Milao)
terça-feira, novembro 01, 2005
"Quem manda aqui sou eu!"
Ainda outra coisa que, sinceramente, nem acredito que seja verdade: uma agenda do Presidente da República que um director de jornal acha que interessa aos portugueses. É o que dá pôr os economistas a falar de política...
(via Super-Mário)
(via Super-Mário)
"Salvé, meu General!"
Outra coisa que não conhecia nem imaginava que pudesse existir: um blogue de defesa de Alberto João, e da sua pérola atlântica; e de ataque a todos os "cubanos" do continente.
(Descoberto via Grande Loja do Queijo Limiano)
(Descoberto via Grande Loja do Queijo Limiano)
Repórter X
Talvez tenha estado destraído nalgum ponto, mas confesso que não conhecia este sítio reporterX, um projecto de jornalismo investigativo de Jorge Van Krieken, jornalista membro do IRE - Investigative Reporters and Editors. Descobri-o incidentalmente a partir da Grande Loja e penso que merece uma visita, em especial a investigação sobre a Casa Pia e o corajoso Quem Sou.
Os candidatos na blogosfera
É curioso que os soaristas já tenham vários blogues activos na defesa do seu candidato (nalguns caso, alegadamente, para subverter o opositor) e os cavaquistas aparentemente ainda não tenham criado nenhum (ou terão criado este, o que será pior...). Arrisco que a explicação tem que ver com os anti-corpos deixados por Cavaco, sobretudo junto das elites intelectuais. O provincianismo, a falta de "cultura" política e estética e o carácter "mauvais vivant" de Cavaco caem muito mal junto dos intelectuais. E os intelectuais são uma boa parte da blogosfera. O massivo apoio que ainda assim Cavaco tem na blogosfera vem sobretudo dos liberais de direita (esses sim criativos e interventores). Só que os liberais de direita não se comprometem, porque para eles Cavaco não passa afinal de um enorme sapo verde.
O nosso Berlusconi importado
Na caixa de comentários do Bicho Carpinteiro, o blogger Xatoo chama a atenção para um episódio alegadamente passado com Jesus Polanco, presidente do grupo Prisa e futuro "dono" da TVI, descrito em detalhe aqui. A credibilidade das alegações é desconhecida, mas, à cautela, merece atenção.
Se isto não é uma deriva...
"Pelos vistos, há quem não consiga entender que Cavaco Silva, a aceitar candidatar-se, (...) é o único que terá a possibilidade de impor algum rigor ao governo socialista e também o único que não se ensaiará nada em dissolver o parlamento logo que este e o governo começarem a asnear (e não será preciso esperar muito...), para mais confortado com o precedente aberto por Jorge Sasmpaio."
Vasco Graça Moura, DN, 23 de Fevereiro de 2005
Citado em "A agenda de Cavaco Silva", de Vítor Gonçalves, pp. 194-195
Vasco Graça Moura, DN, 23 de Fevereiro de 2005
Citado em "A agenda de Cavaco Silva", de Vítor Gonçalves, pp. 194-195
Regressando ao passado
"Desde já declaro que, se Cavaco Silva decidir ser candidato presidencial em 2006, não só não concorrerei contra ele, como terei todo o gosto em o apoiar"
Freitas do Amaral, em carta ao DN, 13 de Julho de 2002
«Numa entrevista ao Independente, Morais Sarmento mostrou algumas reticências: "Acho que as qualidades de uma pessoa para o exercício de uma determinada função não a fazem, predestinadamente, a melhor para qualquer outra função", disse o actual ministro em Novembro de 2001, ainda estava na oposição»
Maria Guiomar Lima, O Independente, 24 de Maio de 2002
Ambos citados em "A agenda de Cavaco Silva", de Vitor Gonçalves, pp. 176/177
Freitas do Amaral, em carta ao DN, 13 de Julho de 2002
«Numa entrevista ao Independente, Morais Sarmento mostrou algumas reticências: "Acho que as qualidades de uma pessoa para o exercício de uma determinada função não a fazem, predestinadamente, a melhor para qualquer outra função", disse o actual ministro em Novembro de 2001, ainda estava na oposição»
Maria Guiomar Lima, O Independente, 24 de Maio de 2002
Ambos citados em "A agenda de Cavaco Silva", de Vitor Gonçalves, pp. 176/177
segunda-feira, outubro 31, 2005
Claro, Clara!
«É nesta fase do patriotismo imposto às massas ignaras como coisa providencial, que me começo a coçar furiosamente e a ficar nervosa. Eu creio, firmemente creio, que as massas mais jovens, as dos blogues e companhia, as sem blogues (que são a maioria) não sentem uma particular necessidade histórica, civilizacional e autoritária, de um patriota que os salve e de um poder potestativo. Estão na Europa, vivem como europeus, os regimes autoritários cheiram a mofo, têm computadores e liberdade a rodos, de que a internet e os blogues são a máxima expressão. Precisam de Cavaco para os salvar de quê?"
Clara Ferreira Alves, no Diário Digital
(via Super-Mário)
Clara Ferreira Alves, no Diário Digital
(via Super-Mário)
Unanimismo
"Cavaco vai ganhar e vai ser um excelente Presidente para trabalhar com um excelente primeiro-ministro."
Belmiro da Azevedo em entrevista ao jornal Público/Rádio Renascença/2:
Em nenhuma outra categoria social parece existir um tão fundado unanimismo em redor da dupla Cavaco/Sócrates como nas elites económicas deste país. O que eu me pergunto - e não me atrevo a responder - é se isso será um bom ou um mau sinal.
De certa forma voltamos à velha questão do primado do económico sobre o político. A política está em descrédito e a economia não é alheia a isso. Passando aos personagens, os políticos estão em descrétido e as elites económicas não são alheias ao facto. Aqui e elsewhere.
A prova está no facto de estarmos hoje a discutir a preparação económica do futuro presidente, o mais "político" dos cargos políticos. Sob o primado da economia não há política. Sob o primado da economia não há justo ou injusto, só certo ou errado. A economia é puramente racional. A política é ocasinalmente irracional e muitas vezes emocional.
E, bem vistas as coisas, no fundo, no fundo, não procuraremos nós, apenas e só, não mais do que pão sobre a mesa?
Belmiro da Azevedo em entrevista ao jornal Público/Rádio Renascença/2:
Em nenhuma outra categoria social parece existir um tão fundado unanimismo em redor da dupla Cavaco/Sócrates como nas elites económicas deste país. O que eu me pergunto - e não me atrevo a responder - é se isso será um bom ou um mau sinal.
De certa forma voltamos à velha questão do primado do económico sobre o político. A política está em descrédito e a economia não é alheia a isso. Passando aos personagens, os políticos estão em descrétido e as elites económicas não são alheias ao facto. Aqui e elsewhere.
A prova está no facto de estarmos hoje a discutir a preparação económica do futuro presidente, o mais "político" dos cargos políticos. Sob o primado da economia não há política. Sob o primado da economia não há justo ou injusto, só certo ou errado. A economia é puramente racional. A política é ocasinalmente irracional e muitas vezes emocional.
E, bem vistas as coisas, no fundo, no fundo, não procuraremos nós, apenas e só, não mais do que pão sobre a mesa?
Uma GRANDE esmola
É verdade que, independentemente do seu "tamanho", uma esmola é sempre uma esmola.
Mas... e se, de repente, 20 ou 30 bilionários como Bill Gates decidissem doar 212 milhões cada para causas humanitárias?
Mas... e se, de repente, 20 ou 30 bilionários como Bill Gates decidissem doar 212 milhões cada para causas humanitárias?
Uma vergonha, é o que é!
O meu blogue vale $0.00. Há prémio para os mais pobrezinhos? Há segurança social que me ajude? Ao menos um rendimento mínimo?
(dica Blogue de Esquerda)
(dica Blogue de Esquerda)
Downsizing
A ideia do dia é esta (via Blasfémias):
Segundo o primatologista Robin Dunbar os seres humanos estão biologicamente adaptados para lidar com grupos sociais de não mais de 150 membros. Acima desse número o cérebro humano tem dificuldades em lidar com as relações sociais envolvidas.
Segundo o primatologista Robin Dunbar os seres humanos estão biologicamente adaptados para lidar com grupos sociais de não mais de 150 membros. Acima desse número o cérebro humano tem dificuldades em lidar com as relações sociais envolvidas.
domingo, outubro 30, 2005
Bloggers de todo o mundo, uni-vos!
Atenção a esta polémica Forbes vs. Bloggers referida pelo Atrium e já comentada, entre outros, por JDLassica, Steve Rubel e Dan Gillmor. Para dar uma ideia do teor do "ataque", reproduzo apenas o lead da história da Forbes:
"Web logs are the prized platform of an online lynch mob spouting liberty but spewing lies, libel and invective. Their potent allies in this pursuit include Google and Yahoo."
"Web logs are the prized platform of an online lynch mob spouting liberty but spewing lies, libel and invective. Their potent allies in this pursuit include Google and Yahoo."
sábado, outubro 29, 2005
Grande Reportagem e DNA
A perspectiva de encerramento do DNA e da Grande Reportagem é uma triste notícia, também lamentada aqui e aqui.
Será que tenho que deixar e ler revistas para que elas não desapareçam?
Será que tenho que deixar e ler revistas para que elas não desapareçam?
quinta-feira, outubro 27, 2005
Sobre a sondagem DN/TSF/Marktest
Sobre a sondagem DN/TSF/Marktest que dá Cavaco no limiar da vitória à primeira volta e coloca Alegre à frente de Soares, há duas observações que se podem fazer, com diferentes graus de certeza:
1. Embora não seja especialista em sondagens, aposto que Cavaco vai perder percentagem até à eleição. Como já escrevi antes, isso acontece sempre que um candidato parte muito distanciado dos restantes. Pelo mero jogo de confronto eleitoral, esse candidato tende a perder votos e os os restantes a ganhá-los. Mais ou menos, num caso ou noutro, se o primeiro não for particularmente compente do ponto de vista eleitoral e os outros não forem em absoluto ineptos sob o mesmo prisma. O que isto significa, no caso concreto, é que Cavaco não vai ganhar à primeira volta.
2. O facto de Alegre estar à frente de Soares é estranho. Pode ser um elemento supresa. Mas se a lógica prevalecer, Alegre vai perder percentagem na exacta medida em que Soares a vai ganhar. Em primeiro lugar porque Soares é conhecido do ponto de vista político e Alegre não. Em segundo lugar porque Soares tem ao seu serviço uma máquina eleitoral muito mais poderosa.
1. Embora não seja especialista em sondagens, aposto que Cavaco vai perder percentagem até à eleição. Como já escrevi antes, isso acontece sempre que um candidato parte muito distanciado dos restantes. Pelo mero jogo de confronto eleitoral, esse candidato tende a perder votos e os os restantes a ganhá-los. Mais ou menos, num caso ou noutro, se o primeiro não for particularmente compente do ponto de vista eleitoral e os outros não forem em absoluto ineptos sob o mesmo prisma. O que isto significa, no caso concreto, é que Cavaco não vai ganhar à primeira volta.
2. O facto de Alegre estar à frente de Soares é estranho. Pode ser um elemento supresa. Mas se a lógica prevalecer, Alegre vai perder percentagem na exacta medida em que Soares a vai ganhar. Em primeiro lugar porque Soares é conhecido do ponto de vista político e Alegre não. Em segundo lugar porque Soares tem ao seu serviço uma máquina eleitoral muito mais poderosa.
Para exercitar o inglês
Para provar que a língua portuguesa não é tão difícil como se diz, não resisto a reproduzir algo que me chegou por e-mail:
Para ler em voz alta:
Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para qual
relógio Swatch?
E agora em inglês:
Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which
Swatch watch?
Foi fácil?
Então agora para os verdadeiros "especialistas":
Três bruxas suecas e transsexuais olham para os botões de três
relógios Swatch suíços.
Qual bruxa sueca transsexual olha para qual botão de qual relógio
Swatch suíço?
Tentem agora em inglês:
Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watch
switches.
Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatch watch switch?
Conseguiram?
Se a resposta é sim, parabéns!!
Para ler em voz alta:
Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para qual
relógio Swatch?
E agora em inglês:
Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which
Swatch watch?
Foi fácil?
Então agora para os verdadeiros "especialistas":
Três bruxas suecas e transsexuais olham para os botões de três
relógios Swatch suíços.
Qual bruxa sueca transsexual olha para qual botão de qual relógio
Swatch suíço?
Tentem agora em inglês:
Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watch
switches.
Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatch watch switch?
Conseguiram?
Se a resposta é sim, parabéns!!
quarta-feira, outubro 26, 2005
A defesa da língua como movimento reaccionário
Quando enviei ao meu irmão esta notícia sobre o lançamento de um glossário com a tradução para português da maioria dos termos associados à sociedade de informação, com o comentário "talvez aches isto interessante", ele respondeu-me: "sim, acho interessante e vou guardar. Mas também acho interessante que as tecnologias de informação permitam o aparecimento de termos que são usados na maioria das línguas!"
Ora aqui está uma reflexão interessante!
A tradução dos termos que nascem associados às novas tecnologias é normalmente motivada pela defesa das línguas nacionais. Mas a utilização dos novos termos associados às novas tecnologias na sua formulação original, sem tradução, é certamente também uma forma de comunhão de sentidos entre diferentes pessoas de diferentes países, indo ao encontro do que o Esperanto, por exemplo, pretendia ser. Ora, nesse sentido, não traduzir os vocábulos originais ingleses da sociedade de informação é, de uma certa forma, mesmo que restrita, estimular a criação de uma língua verdadeiramente universal. É ir ao encontro do espírito do tempo e estar em sintonia com a inevitabilidade da globalização. E, por oposição, defender a língua nacional é, neste contexto, uma espécie de movimento reaccionário de defesa do passado por oposição ao futuro.
Para irmos verdadeiramente ao fundo da questão, a pergunta que se coloca, então, é se faz sentido defender os estados-nação, em todas as suas formulações (a língua é apenas uma delas) no quadro de uma globalização que tende para o universalismo. E perguntar isso é pertinente não porque consideremos que o estado-nação não deve ser protegido, mas porque o universalismo deve ser estimulado. Porque uma coisa é má e a outra é boa. Ou seja, a posição correcta não está tanto em defender um passado carregado de problemas mas sim um futuro cheio de oportunidades. Ou seja ainda, independentemente do que consiguamos fazer para defender o passado ou abrir caminho ao futuro, o que aí vem é melhor do que aqui está. Quem for optimista a esse ponto terá uma atitude progressista, quem for pessimista adoptará uma atitude reaccionária de defesa do estado-nação, na sua língua como nas suas restantes características.
O que é curioso notar é como, à luz deste raciocínio, a aparentemente louvável iniciativa da Associação Portuguesa para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação se revela afinal contrária aos seus próprios propósitos.
Ora aqui está uma reflexão interessante!
A tradução dos termos que nascem associados às novas tecnologias é normalmente motivada pela defesa das línguas nacionais. Mas a utilização dos novos termos associados às novas tecnologias na sua formulação original, sem tradução, é certamente também uma forma de comunhão de sentidos entre diferentes pessoas de diferentes países, indo ao encontro do que o Esperanto, por exemplo, pretendia ser. Ora, nesse sentido, não traduzir os vocábulos originais ingleses da sociedade de informação é, de uma certa forma, mesmo que restrita, estimular a criação de uma língua verdadeiramente universal. É ir ao encontro do espírito do tempo e estar em sintonia com a inevitabilidade da globalização. E, por oposição, defender a língua nacional é, neste contexto, uma espécie de movimento reaccionário de defesa do passado por oposição ao futuro.
Para irmos verdadeiramente ao fundo da questão, a pergunta que se coloca, então, é se faz sentido defender os estados-nação, em todas as suas formulações (a língua é apenas uma delas) no quadro de uma globalização que tende para o universalismo. E perguntar isso é pertinente não porque consideremos que o estado-nação não deve ser protegido, mas porque o universalismo deve ser estimulado. Porque uma coisa é má e a outra é boa. Ou seja, a posição correcta não está tanto em defender um passado carregado de problemas mas sim um futuro cheio de oportunidades. Ou seja ainda, independentemente do que consiguamos fazer para defender o passado ou abrir caminho ao futuro, o que aí vem é melhor do que aqui está. Quem for optimista a esse ponto terá uma atitude progressista, quem for pessimista adoptará uma atitude reaccionária de defesa do estado-nação, na sua língua como nas suas restantes características.
O que é curioso notar é como, à luz deste raciocínio, a aparentemente louvável iniciativa da Associação Portuguesa para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação se revela afinal contrária aos seus próprios propósitos.
terça-feira, outubro 25, 2005
Eleição dos melhores blogues
O e-cuaderno tem a lista de nomeados nas várias categorias da eleição dos Melhores Blogues de 2005. Chamo a atenção para os nomeados da Repórteres Sem Fronteiras e para os blogues jornalísticos em língua portuguesa (sete são brasileiros e um é angolano). Abaixo, os nomeados para Melhor Blogue do ano:
1. Real Climate
2. The South-East Asia Earthquake and Tsunami Blog
3. ????? ?? ??????????
4. AgoraVox, le journal media citoyen
5. Wang Yi’s Microphone
6. Tupiniquim
7. Lyssas Lounge
8. Más respeto, que soy tu madre
1. Real Climate
2. The South-East Asia Earthquake and Tsunami Blog
3. ????? ?? ??????????
4. AgoraVox, le journal media citoyen
5. Wang Yi’s Microphone
6. Tupiniquim
7. Lyssas Lounge
8. Más respeto, que soy tu madre
Uma homenagem
Não conheço em detalhe completo o seu percurso de vida, mas faço minhas as palavras de Dan Gillmor acerca de Rosa Parks: "When Rosa Parks refused to get up, an entire race of people began to stand up for their rights as human beings". Às vezes (sempre?) as grandes transformações políticas e sociais acontecem quando uma pessoa, sozinha, decide tomar uma atitude.
Site, blog, link e outros palavrões
Segundo uma notícia do Público (sem link), a Associação Portuguesa para a Promoção da Sociedade da Informação lançou um glossário de termos técnicos nas novas tecnologias da informação traduzidos para português, sob a direcção de José Palma Fernandes. O documento pode ser descarregado em PDF.
Um dedo no ar!
Notícia do Público (link pago):
"Blogue de apoio a Cavaco em dificuldades
Pedro Lomba está à procura de independentes para apoio à candidatura
A criação de um blogue suportado por apoiantes declarados da candidatura de Cavaco Silva está a encontrar alguma dificuladdes devido à recusa de participação de independentes"
Pergunta óbvia: quanto é que pagam?...
"Blogue de apoio a Cavaco em dificuldades
Pedro Lomba está à procura de independentes para apoio à candidatura
A criação de um blogue suportado por apoiantes declarados da candidatura de Cavaco Silva está a encontrar alguma dificuladdes devido à recusa de participação de independentes"
Pergunta óbvia: quanto é que pagam?...
Se isto não é um programa político...
"(...) várias ideias que Cavaco Silva materializou e que incluem: uma preocupação com a governabilidade do sistema político português, de que a procura de maiorias absolutas de um só partido e a tendência para a bipolarização são uma tendência, entre outras; uma ideia sobre a indispensabilidade de cada vez maior integração na União Europeia como instrumento exógeno de pressão para mudanças endógenas; uma governação liberal para a sociedade e keynesiana para o Estado (não, não é contraditório); uma afirmação obsessiva da autonomia do Estado face aos interesses; racionalização "modernizadora" do Estado; utilização dos fundos comunitários com obras estruturais. Foram estas políticas (...) que materializaram uma política de centro entre a esquerda e a direita moderadas. Na realidade, o cavaquismo é o mais próximo do programa social-democrata "à portuguesa" definido por Sá Carneiro. Agora que o cavaquismo se tornou um anátema [nota: este texto foi escrito na sequência do caso do cartaz, em Março de 2005], aqui está o que dele pode ser útil para o futuro."
José Pacheco Pereira, no Público, em 3/3/2005
Citado em "A agenda de Cavaco Silva", de Vitor Gonçalves, pp 142/143.
Destaques meus.
Três notas apenas:
1. O "entre outras" do período inicial é significativo, indiciando que existem outras tendências (para além da bipolarização e da procura de maiorias absolutas) que vão no sentido de melhorar a governabilidade do sistema político. Que tendências? A presidencialização?...
2. Este programa político "pode ser útil para o futuro" de que forma? Incoporando-se num projecto de presidencialização do regime? Incorporando-se num programa de um partido existente? De um novo partido? A pergunta merece resposta porque, na realidade - e sem ironias - aquele programa político, assim expresso, é um excelente programa político. E era uma pena que morresse orfão.
3. Como é que se cria uma nova força política? À pressa e sem preparação, como no Eanismo, ou lenta e pacientemente, alimentado carinhosamente uma ideia antes de ela ter materialização prática? No centro do espectro político, como PP o coloca, e herdeiro da "social-democracia à portuguesa" de Sá Carneiro, o cavaquismo é o futuro do PSD e experimenta a vertigem de ocupar aquele espaço político que desde o Eanismo é uma tentação: o centro. É bem possível que Cavaco ganhe as eleições com um programa social-democrata e depois se reclame dessa vitória para moldar o PSD à sua imagem e semelhança (barões não lhe faltam), separando-o do PPD e inaugurando o espectro político a cinco vozes.
José Pacheco Pereira, no Público, em 3/3/2005
Citado em "A agenda de Cavaco Silva", de Vitor Gonçalves, pp 142/143.
Destaques meus.
Três notas apenas:
1. O "entre outras" do período inicial é significativo, indiciando que existem outras tendências (para além da bipolarização e da procura de maiorias absolutas) que vão no sentido de melhorar a governabilidade do sistema político. Que tendências? A presidencialização?...
2. Este programa político "pode ser útil para o futuro" de que forma? Incoporando-se num projecto de presidencialização do regime? Incorporando-se num programa de um partido existente? De um novo partido? A pergunta merece resposta porque, na realidade - e sem ironias - aquele programa político, assim expresso, é um excelente programa político. E era uma pena que morresse orfão.
3. Como é que se cria uma nova força política? À pressa e sem preparação, como no Eanismo, ou lenta e pacientemente, alimentado carinhosamente uma ideia antes de ela ter materialização prática? No centro do espectro político, como PP o coloca, e herdeiro da "social-democracia à portuguesa" de Sá Carneiro, o cavaquismo é o futuro do PSD e experimenta a vertigem de ocupar aquele espaço político que desde o Eanismo é uma tentação: o centro. É bem possível que Cavaco ganhe as eleições com um programa social-democrata e depois se reclame dessa vitória para moldar o PSD à sua imagem e semelhança (barões não lhe faltam), separando-o do PPD e inaugurando o espectro político a cinco vozes.
domingo, outubro 23, 2005
Até onde vai a liberdade?
Até onde vai a liberdade? Onde se traça a linha que a limita?
Segundo a Online Journalism Review, o dono do site porto que oferecia acesso livre aos militares norte-americanos que arranjassem fotos de iraquianos mortos foi preso por um xerife da Florida sob a acusação de obscenidade.
Segundo a Online Journalism Review, o dono do site porto que oferecia acesso livre aos militares norte-americanos que arranjassem fotos de iraquianos mortos foi preso por um xerife da Florida sob a acusação de obscenidade.
State of the Art
O Media Guerrilla faz alusão aos dados de David Sifry sobre o crescimento da blogosfera. Os dados de Outubro são os seguintes:
- Em Outubro de 2005, o Technorati acompanha 19,6 milhões de blogues;
- O número total de blogues acompanhados continua a duplicar a cada 5 meses;
- A blogosfera é hoje 30 vezes maior do que era há 3 anos;
- Cerca de 70 mil blogues são criados todos os dias;
- Um blogue nasce a cada segundo que passa;
- Em cada 24 horas entre 700 mil e 1,3 milhões de posts são publicados, 33 mil por hora e 9,2 por segundo.
- Em Outubro de 2005, o Technorati acompanha 19,6 milhões de blogues;
- O número total de blogues acompanhados continua a duplicar a cada 5 meses;
- A blogosfera é hoje 30 vezes maior do que era há 3 anos;
- Cerca de 70 mil blogues são criados todos os dias;
- Um blogue nasce a cada segundo que passa;
- Em cada 24 horas entre 700 mil e 1,3 milhões de posts são publicados, 33 mil por hora e 9,2 por segundo.
As melhores capas
A referência já tem uns dias, mas ainda assim merece ser recuperada: O ContraFactos & Argumentos remete-nos para as 50 melhores capas de revista dos últimos 40 anos, segundo a Sociedade Americana de Editores de Revistas. Esta aqui ao lado é naturalmente a nº1.
Porquê? Porque sim!
Segundo um artigo de Wayne Hulbert publicado no Webpronews.com e citado no Bloggers Blog, a maioria dos bloggers não blogam para obter fama ou notoridade, ao contrário do que supõem (aberta ou implicitamente) a maioria dos que não o fazem. Um ou dois estudos sustentam esta tese.
sábado, outubro 22, 2005
No dealbar do terceiro milénio
«Computer security isn't a technological problem -- it's an economic problem.»
Bruce Schneier na Wired News
(citado no Mas certamente que sim!)
Blogopedia
A blogosfera portuguesa sistematiza-se. Já abriu a Blogopedia, uma enciclopédia sobre blogues em wiki aberta à participação de todos. 32 utilizadores registados, 21 autores (bloggers) recenseados e com ficha, 15 blogues com apresentação, dois artigos, 12 portais de tecnologias descritos, são para já o seu conteúdo. Um projecto iniciado por Paulo Querido, do Mas certamente que sim!
Inegável!
«Na sociedade capitalista, os meios de comunicação são empresas privadas e, portanto, pertencem ao espaço privado dos interesses de mercado; por conseguinte, não são propícios à esfera pública das opiniões», Marilena Chauí, brasileira, filósofa oficial do PT.
(citado na Origem das Espécies)
(citado na Origem das Espécies)
Xadres como arte
Mais uma informação da Robb Report:
A ver por quem estiver por lá, a exposição de tabuleiros e peças de xadres no Museu Noguchi de Nova Iorque. Em exibição estarão várias peças de diferentes autores, incluindo do próprio Isamu Noguchi, como esta réplica do tabuleiro desenhado em 1944 para uma exposição realizada também em Nova Iorque, coordenada pelos surrealistas Marcel Duchamp e Max Ernst.
Quem tiver 25 mil dólares para gastar também pode comprar uma das dez reedições feitas à mão deste tabuleiro.
A ver por quem estiver por lá, a exposição de tabuleiros e peças de xadres no Museu Noguchi de Nova Iorque. Em exibição estarão várias peças de diferentes autores, incluindo do próprio Isamu Noguchi, como esta réplica do tabuleiro desenhado em 1944 para uma exposição realizada também em Nova Iorque, coordenada pelos surrealistas Marcel Duchamp e Max Ernst.
Quem tiver 25 mil dólares para gastar também pode comprar uma das dez reedições feitas à mão deste tabuleiro.
Puro Luxo
Os 20 Luxos que vão marcar o ano de 2006, segundo a revista norte-americana Robb Report:
(para os realmente muito ricos)
O superdesportivo Ferrari FXX
O jacto supersónico privado Aerion
O hotel de luxo e golfe St. Andrews Grand
Os charutos Partagas, edição limitada Dacadas
O relógio Zenith Grand Class Traveller Répétition Minutes
O Porsche Cayman S
O entertainment center Elara
O hotel Mandarin Oriental, em Tóquio
O resort subaquático Poseidon, nas Bahamas
O iate Christensen 150
A versão especial Lamborghini Gallardo SE
O relógio personalizado F.P. Journe Sonnerie Souveraine
As malhas Ballantyne
O resort de férias Aqualina, na Florida
Os novos campos de golfe de Cancún
Os leilões de jóias da Sotheby's
O iate SeaFair Grand Luxe para exposições de arte
A actualizaçao moderna do Palmer Johnson 150
O resort asian-style Amanyara, nas caraíbas
Os restaurantes Blue e Periwinkle, de Eric Ripert, no Ritz-Carlton Grand Cayman.
(para os realmente muito ricos)
O superdesportivo Ferrari FXX
O jacto supersónico privado Aerion
O hotel de luxo e golfe St. Andrews Grand
Os charutos Partagas, edição limitada Dacadas
O relógio Zenith Grand Class Traveller Répétition Minutes
O Porsche Cayman S
O entertainment center Elara
O hotel Mandarin Oriental, em Tóquio
O resort subaquático Poseidon, nas Bahamas
O iate Christensen 150
A versão especial Lamborghini Gallardo SE
O relógio personalizado F.P. Journe Sonnerie Souveraine
As malhas Ballantyne
O resort de férias Aqualina, na Florida
Os novos campos de golfe de Cancún
Os leilões de jóias da Sotheby's
O iate SeaFair Grand Luxe para exposições de arte
A actualizaçao moderna do Palmer Johnson 150
O resort asian-style Amanyara, nas caraíbas
Os restaurantes Blue e Periwinkle, de Eric Ripert, no Ritz-Carlton Grand Cayman.
Blogue "terrorista"
O Acidental acha que o blogue Super Cavaco é uma manobra da esquerda para prejudicar a imagem do candidato. Uma matéria a acompanhar...
sexta-feira, outubro 21, 2005
Eanes com Cavaco
O blogue Super-Cavaco diz que Eanes irá presidir à comissão de honra da candidatura de Cavaco. Não sei se esta notícia terá confirmação oficial, mas, se tiver, será uma má notícia para a candidatura e um indicador de inépcia política do próprio candidato. Cavaco tem todo o interesse em afastar-se - e não aproximar-se - da imagem de estadista ascético e bafiento que ameaça colar-se-lhe nesta eleição. Eanes (um verdadeiro "guru" na matéria) é a pior companhia para o fazer.
Cavaco já tem blogue
A candidatura Cavaco também já tem um blogue não oficial. Com um layout gráfico... adequado às características do candidato e um nome muito pouco original: Super-Cavaco (dica Bicho Carpinteiro).
Íntima Fracção
A Íntima Fracção de Francisco Amaral está de regresso à grelha 2005 da Rádio Universidade de Coimbra (sábado à uma da manhã), com emissão online. Os podcasts continuam a estar disponíveis aqui.
Sigur Rós na Jukebox
Aproveitando o lançamento recente do disco Takk e antecipando a sua visita a Portugal, a Jukebox passa hoje a emitir Olsen Olsen, dos Sigur Rós, um projecto musical islandês que se confirma como uma das coisas mais "fresh" que o mundo da música produziu noa últimos tempos. O site oficial está aqui, mas também existe uma versão mais completa aqui.
Para quem quer ter uma panorâmica geral da música dos Sigur Rós ou mesmo fazer o download gratuito (legal) de músicas e videos, este especial do portal Webjay é visita recomendável. Em particular destaco este belo video de Vidrar Vel Til Loftarasa. Quem não sabe islandês (que vergonha!) pode consultar as letras e respectivas traduções aqui.
A visita a Portugal acontece a 19 e 20 de Novembro nos Coliseus do Porto e de Lisboa, respectivamente.
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