Há uma parte do texto de hoje de Pacheco Pereira no Público em que o analista brilhante deixa escapar o político que há em si.
É quando escreve: "Ganhar as eleições, colocando a hipótese de ter maioria absoluta, é o único objectivo aceitável para o PSD. (...)Qualquer "downgrade" deste objectivo, como tenho visto na boca de alguns jornalistas incautos, considerando 30 por cento o limiar de um razoável resultado do PSD, ignora o histórico eleitoral nos últimos 20 anos."
Estamos perante um político social-democrata a afiar as facas para a "guerra civil" (como o próprio lhe chama) posterior a 20 de Fevereiro. Se Santana obtiver um resultado acima dos 35 por cento, isso será sempre visto, por toda a gente excepto os grupos rivais dentro do PSD, como um bom resultado. A força das facções que se opõem a Santana dentro do partido depois de 20 de Fevereiro será inversamente proporcional ao resultado que este obtiver nas urnas. É por isso que há tanta gente social-democrata com a tentação de "fazer uma campanha negativa" a favor do PS. É que, caso ainda não tenham notado, a "guerra civil" já começou...
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