É incrível como um conjunto de homens inteligentes formados nas melhores escolas de gestão conseguem dar cabo de um desporto. A "palhaçada" de Indianapolis (logo Indianapolis...!) bateu todos os recordes de irracionalidade, mas o caso já vem de trás.
Entre interesses vários, estratégias políticas conflituantes e regulamentos cada vez mais complexos, a F1 tem vindo a afundar-se sem que ninguém - FIA, Marcas, Pilotos, Televisões, etc - consiga por uma vez que seja pôr os interesses do desporto, ou seja de todos, sequer ao mesmo nível dos seus, quanto mais acima. Neste caso, certamente que se vão apurar responsabilidades e "cortar" cabeças, mas depois tudo ficará na mesma.
Uma coisa é certa: a partir de um erro crasso da Michelin, todos deram o seu pequeno ou grande contributo para que se chegasse a este resultado: a FIA que não arranjou maneira de permitir que as regras deixassem que houvesse corrida; as equipas Michelin que não tiveram a coragem de perder na pista (e nem sequer avisaram a tempo o público incauto de que não ia haver corrida); as equipas Bridgestone que não tiveram a honra de abrir caminho ao precedente para que de facto houvesse corrida.
Ontem ouvi alguém dizer que isto era o fim da F1 nos EUA. Eu acho que é o fim da F1. Ponto.
Sobra obviamente o lado positivo da pódio de Monteiro, um justo prémio caído do céu para uma temporada feita de persistência e humildade. É justo.
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